Discurso de Antonieta desperta debate sobre questão indígena na Assembleia

Imagem: Assunto deve ter desdobramento em audiência pública
Assunto deve ter desdobramento em audiência pública
06/07/2015 - 09:56 Por: Fernando Hassessian    Foto: Fernando Hassessian

Em um discurso na manhã desta quinta-feira (25) a Deputada Estadual Antonieta Amorim (PMDB) iniciou um debate na Assembleia Legislativa sobre a falta de ação dos governos estadual e federal na demarcação de terras indígenas. Em seu discurso, Antonieta lembrou que o assunto já foi debatido exaustivamente na Casa de Leis, mas com o tempo o tema foi perdendo força até chegar ao esquecimento.


Nesta semana, duas fazendas foram invadidas no município de Aral Moreira, o que reacendeu o debate. Com a fala de Antonieta, os deputados Pedro Kemp e João Grandão (PT) assumiram a responsabilidade do Governo Federal e endossaram o discurso da deputada, reafirmando a necessidade de respostas práticas. Já o líder do governo, Professor Rinaldo, também apoiou a fala de Antonieta e admitiu a necessidade de manter um debate permanente em favor dos povos indígenas, assim como Grazielle Machado (PR), que também apartou o discurso.


Segundo Antonieta, "Mato Grosso do Sul tem a segunda maior população indígena do Brasil, que produz um artesanato único, que possui uma história, culinária e uma cultura tão rica, com danças, rituais e costumes, mas só é lembrado quando existem conflitos, assassinatos e suicídios". A deputada cobrou do poder público esforços maiores para a inserção da cultura indígena no roteiro turístico do Estado. "Pessoas vêm da Europa para conhecer uma cultura singular, mas que ainda não é tão aproveitada. Temos que dar valor, ver o artesanato nas vitrines, a culinária indígena nos restaurantes, enfim, temos que parar de lembrar de índio só quando tem conflitos".


Para finalizar, a deputada cobrou um empenho permanente na valorização da cidadania indígena. Segundo Antonieta, ainda há muito a ser trabalhado para dar as ideais condições de saúde, educação, emprego e dignidade. "O espírito indígena é a essência da nossa terra. Não podemos deixá-los à margem da sociedade", finalizou.
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