Mara Caseiro defende unificação das eleições no Brasil

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Mara Caseiro defende fim da reeleição e mandato de seis anos
04/07/2012 - 16:12 Por: Fernanda França - Assessoria de Imprensa    Foto: Fernanda França

A deputada estadual Mara Caseiro (PTdoB) defendeu nesta quarta-feira (4) a unificação das eleições no Brasil, uma vez que o País “para” de dois em dois anos quando ocorre a disputa por cargos nas Câmaras Municipais, Assembleias Legislativas, Câmara dos Deputados, Senado, prefeituras, governos estaduais e presidência da República.

Para ela, este precisa ser o primeiro ítem da reforma política a ser discutido e implementado no Brasil.

“Eu tenho dito que não dá para se discutir reforma política se não tivermos a votação unificada como primeiro item das eleições. Talvez este processo precise acontecer em dois dias, mas não tem problema, desde que a gente não fique, de dois em dois anos, vendo o País parar”, afirmou a parlamentar, sugerindo ainda que a reeleição seja vetada e que os mandatos de quatro anos sejam ampliados para seis anos.

Para Mara Caseiro, a sociedade precisa estar atenta a estas necessidades de mudança, sempre se mobilizando para garantir um processo eleitoral mais justo e com menos custos para o bolso do contribuinte.

Líder do governo na Casa, o deputado Júnior Mochi (PMDB) discordou, afirmando que estas mudanças precisam ocorrer a longo prazo. Além disso, também defendeu regras claras de transição.

Mara Caseiro defendeu seu ponto de vista, reiterando que a reforma política, incluindo a unificação das eleições, é “coisa para já”.

“É por conta desses pensamentos de que nunca dá é que a gente não consegue avançar. Acho que tem que dar sim e é para a próxima eleição. Acho que temos que começar a defender isso, indo para as ruas, fazendo movimento. Eleições unificadas já, no próximo pleito. Enquanto ficamos discutindo regras, esquecemos que as eleições de dois em dois anos figuram como um retrocesso para o nosso País, uma vez que rios de dinheiro, que poderiam ser aplicados na saúde, são gastos nestas campanhas eleitorais. É o dinheiro do cidadão que está indo para o ralo.”, disparou.

Para ela, não importa se será necessário reduzir ou prorrogar mandatos. “O que a gente não pode é ficar vendo o nosso País parando de dois em dois anos com recursos indo para o ralo. Tantas leis podem ser mudadas, por que esta também não pode?”, questionou.

DINHEIROCRACIA

Mara Caseiro também fez duras críticas ao que chamou de “dinheirocracia”, ou seja, o comércio de partidos e candidaturas durante o pleito eleitoral.

“Vejo uma democracia que está virando hoje no nosso País uma dinheirocracia, uma cachoeirocracia, onde partido tem virado comércio, e isso nos causa tristeza, indignação, e tenho certeza de que só vamos conseguir mudar isso, primeiramente, mudando e transformando a nossa cultura. É um processo muito lento. Entendo que isso vem acontecendo timidamente, mas vem acontecendo”, declarou.
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