Mara Caseiro reage a declarações de sindicalista e diz que produtor rural não é bandido

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Mara Caseiro luta pelo direito aa propriedade
19/11/2013 - 17:14 Por: Fernanda França    Foto: Patrícia Mendes

A deputada estadual Mara Caseiro (PTdoB) reagiu hoje (19) a declarações do presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), Roberto Botareli, sobre a formação de milícias por produtores rurais para defender suas propriedades. Durante reunião na Assembleia Legislativa, para tratar de assuntos relativos à agricultura familiar, ele afirmou que os fazendeiros estão arrecadando dinheiro para formar grupos armados e assassinar indígenas invasores.

O presidente da Fetems também disse que o Ministério Público e a Justiça deveriam intervir para impedir o “Leilão da Resistência”, que vai leiloar no dia 7 de dezembro animais com o objetivo de arrecadar fundos para campanhas de conscientização da população e garantir assistência jurídica aos produtores diretamente afetados ou que estejam sob ameaça de invasão. Para ele, o leilão pretende arrecadar dinheiro para promover a matança de indígenas.

Mara Caseiro contestou a expressão utilizada pelo sindicalista e enfatizou que os produtores rurais não são bandidos. Também afirmou que respeita muito o trabalho desenvolvido por Botareli à frente da Fetems, mas que não aceitará que ele diga inverdades sobre os produtores rurais.

“Eles estão apenas se organizando para lutar pelo direito à propriedade, coisa que o país não tem garantido. Esses produtores têm suas terras tituladas e trabalham para trazer comida à nossa mesa. Eu não vou admitir que eles sejam chamados de bandidos, pelo simples fato de estarem batalhando pelas suas propriedades”, disparou.

Ela também afirmou que o discurso do presidente da Fetems segue a “linha do ódio” pregada pelo CIMI (Conselho Indigenista Missionário) e pela Funai (Fundação Nacional do Índio). Para a deputada, estes órgãos pregam a desavença e usam os indígenas para seus próprios interesses.

Mara Caseiro ressaltou ainda que os produtores rurais não querem prejudicar os indígenas e afirmou que a destinação de terras pode ser feita, desde que os fazendeiros sejam devidamente indenizados.
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