Mara Caseiro questiona cobrança de pedágio de comerciantes da BR-163

A deputada estadual Mara Caseiro (PTdoB) participou nesta quarta-feira (7) de audiência pública sobre os impactos financeiros e econômicos da duplicação da BR-163. Os debates aconteceram durante a tarde, no plenário da Assembleia Legislativa.

Apesar de defender a duplicação, por entender que a obra é um sonho dos sul-mato-grossenses e que trará mais segurança ao local e desenvolvimento para o Estado, a parlamentar demonstrou preocupação com a cobrança de pedágio que pode ser feita aos comerciantes que possuem estabelecimentos às margens da rodovia, sobretudo no Conesul do Estado.

Utilizando como exemplo o município de Japorã, ela sugeriu que seja feita uma espécie de interconexão, um trevo, ou algum mecanismo semelhante que possa facilitar o acesso para estas pessoas, que vivem na região e circulam diariamente pelo local.

Entretanto, o presidente da concessionária da BR-163 em Mato Grosso do Sul, a CCR MSVia, Maurício Soares Negrão, afirmou que nada será feito antes de discutir com a população e os comerciantes.

A empresa prometeu investir R$ 5,5 bilhões na rodovia nos próximos 30 anos. Serão R$ 3,4 bilhões somente nos próximos cinco anos com a duplicação de 806 quilômetros e a substituição de 12,3 quilômetros por contornos.

As obras de duplicação terão início a partir da segunda quinzena deste mês. De acordo com o contrato, a concessionária tem 18 meses para duplicar os primeiros 80,6 quilômetros da rodovia (10%). A extensão total da rodovia é de 847,2 quilômetros, mas 28,6 km já têm pista dupla.

A duplicação da rodovia irá afetar a vida de 1,3 milhão de habitantes das 19 cidades lindeiras.Negrão afirmou que com os investimentos na rodovia haverá uma importante redução dos acidentes naquela que é conhecida como ‘rodovia da morte’.

“Em cinco anos, vamos reverter esse título para rodovia da vida”, disse.

A constituição acionária da CCR MSVia é composta pelos grupos Andrade Gutierrez (17%), Camargo Corrêa (17%), Soares Penido (17%) e outros (49%).