Amarildo defende relatório da Fiocruz e quilombolas da Picadinha

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Deputado Amarildo Cruz
19/05/2010 - 12:11 Por: Adriano Furtado    Foto: Giuliano Lopes

O deputado Amarildo Cruz (PT) ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa nesta quarta-feira, dia 19, para defender o relatório da Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Departamento de Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde que denuncia a situação enfrentada em Dourados pelos afro-descendentes de Dezidério Felipe de Oliveira que estariam sem atendimento médico e ameaça constante de segurança por causa do conflito de terras. Além de Dourados, os municípios de Miranda, Corumbá, Sidrolândia e Aquidauna são os outros quatro de Mato Grosso do Sul que aparecem no Mapa da Injustiça Ambiental e Saúde no Brasil.

Amarildo afirmou que existe na região da Picadinha, em Dourados, uma comunidade de remanescentes quilombolas, conforme atestado por estudos e relatórios do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). "Questões ambientais e de demarcação de terras não atravancam o setor produtivo", defende o parlamentar. Cruz fez questão de frisar que na Assembleia Legislativa há deputados preocupados em defender os interesses das minorias quilombolas e indígenas.

Segundo Amarildo, os levantamentos demonstram que as terras da Picadinha foram tomadas dos descendentes de Dezidério Felipe de Oliveira. "Muitos compraram as terras de boa fé, mas houve vícios no processo de aquisição", afirmou. O parlamentar alegou que dos 3,7 mil hectares originais apenas 41 hectares permanecem em poder dos descendentes de Dezidério.
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