Em Campo Grande há 150 crianças em casas de abrigo

Conforme dados da Vara da Infância e Juventude e do Idoso, hoje em Campo Grande há 150 crianças em 11 casas de abrigo, 10 são ONGs de cunho religioso e apenas uma de responsabilidade do governo municipal. Destas crianças, 28 passaram pelo processo de habilitação e estão aptas para a adoção. Há 73 casais interessados em adotar, mas que buscam crianças recém-nascidas, de 0 a 2 anos e do sexo feminino. O problema é que as 28 crianças habilitadas para serem adotados têm acima de 12 anos.

A juíza Katy Braum da Vara da Infância e Juventude e do Idoso lembrou a importância do artigo 19, do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que toda criança, ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da sua família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente livre da presença de pessoas dependente de substâncias entorpecentes. "Porque o amor e o carinho de uma família fazem um milagre na vida das crianças" , destacou.

A juíza, ressaltou ainda, que o maior desafio aqui no Brasil é não ter mais crianças para serem adotadas, e se as tivermos que elas não sejam rejeitadas pela sua pátria. "A criança já foi rejeitada pela família, e é um trauma muito grande ser rejeitada também por sua pátria", frisou.