Deputada quer que governo fabrique substância que promete cura do câncer

Imagem: Mara Caseiro defende fabricação local da substância
Mara Caseiro defende fabricação local da substância
15/12/2015 - 13:02 Por: Fernanda França - Assessoria de Imprensa    Foto: Sebastião Guimarães

A deputada estadual Mara Caseiro (PMB) está solicitando ao governo estadual a inserção de Mato Grosso do Sul em processo de pesquisa e fabricação da Fosfoetanolamina Sintética.

A substância foi desenvolvida em 1990 por Gilberto Orivaldo Chierice, professor de Química da USP - São Carlos. Trata-se de uma promessa para a cura do câncer.

A molécula produzida pelo pesquisador é um lipídio (uma espécie de gordura) semelhante ao que encontramos nas próprias células de um organismo humano. Os estudos apontam que, quando o paciente ingere doses suplementares de Fosfo, o sistema imunológico detecta a presença da célula cancerosa e inicia o processo de morte celular. Dessa forma, o próprio organismo é quem combate o câncer.

O pesquisador procurou a Anvisa várias vezes em busca do registro e foi informado que faltavam os testes clínicos. Ele chegou a procurar hospitais públicos para realizar os procedimentos, mas não obteve retorno.

As pesquisas realizadas até o momento em animais de laboratório apontam resultados altamente positivos na contenção e redução de tumores. Também há muitos depoimentos de pessoas que usaram a substância e se curaram do câncer, inclusive doentes terminais.

Entretanto, a substância não pode ser comercializada sem o registro da ANVISA, e por isso a etapa final da pesquisa, que prevê os testes, é de extrema importância. Hoje, com a ampla divulgação da eficácia da Fosfo, centenas de pessoas garantem o tratamento por meio de liminares na Justiça.

O governo do Rio Grande do Sul entrou nessa luta e assinou um termo de cooperação com Chierice e a USP de São Carlos. O documento prevê que o Laboratório Farmacêutico do Rio Grande do Sul (Lafergs) pesquisará as propriedades da droga no combate ao câncer e produzirá a substância em larga escala.

A droga será produzida em laboratórios do estado – o que cumprirá uma das etapas para a legalização da substância. Parte do grupo que atua na produção da Fosfo em São Paulo já está trabalhando no Sul do País.

De acordo com a deputada Mara Caseiro, Mato Grosso do Sul pode colaborar de forma decisiva com o processo de pesquisa e fabricação da substância, oferecendo seus laboratórios, trabalho técnico, selecionando voluntários e fabricando a Fosfo, para que milhares de pacientes possam ser beneficiados com a medicação.

“Quanto mais estados entrarem nessa batalha, maior é a chance que a substância cumpra todas as etapas de pesquisa e possa ser liberada mais depressa pela ANVISA. Em Mato Grosso do Sul, há casos de pacientes que ingressaram na Justiça para garantir o fornecimento da substância, como é o caso de dona Amélia de Lima Rodrigues, moradora de Tacuru. Seu filho, Edmundo, tem buscado de forma incessante se informar sobre os avanços dessa pesquisa, na esperança de ajudar sua mãe e milhares de doentes em fase avançada da doença”, comentou a parlamentar.

Mara Caseiro alertou que a participação do governo nesse processo é muito importante, uma vez que, mesmo com decisões liminares, alguns pacientes não têm conseguido garantir o fornecimento dos comprimidos.

“Isso porque a USP de São Carlos se diz impossibilitada de atender a grande demanda que vem de todo o Brasil”, explicou.

O documento, apresentado durante a sessão desta terça-feira (15), foi encaminhado ao governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB) e ao secretário de Estado de Saúde, Nelson Tavares. Todos os deputados presentes à sessão desta manhã assinaram a indicação, reforçando o pedido ao governo estadual.
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