Mara Caseiro festeja decisão do Senado e diz que afastamento de Dilma representa esperança

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Mara Caseiro diz que saída de Dilma representa esperança
12/05/2016 - 13:10 Por: Fernanda França    Foto: Fernanda França

A deputada estadual Mara Caseiro (PSDB) ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa nesta quinta-feira (12) para comemorar a decisão do Senado que aprovou a abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT). Para ela, o afastamento da presidente e as mudanças na equipe de governo representam uma esperança para o Brasil.

“Já que não deu certo, é melhor sair. O Brasil antes vinha crescendo, era um orgulho dizer que somos brasileiros, mas agora sentimos vergonha. Só vemos notícias de corrupção e isso precisa ser passado a limpo”, comentou.

Mara Caseiro ponderou ainda que o País precisa dar tempo ao tempo para que Michel Temer (PMDB), que vai assumir o comando do governo, faça as mudanças necessárias.

“Não podemos querer que o presidente novo faça em 180 dias tudo que o PT não fez em quase 15 anos, e conserte todas as burradas que eles fizeram. Mas que ele comece um processo novo, que tome decisões acertadas, sérias e decentes, que recoloque o País nos trilhos”, disse.

Em aparte, o deputado Zé Teixeira (DEM) reforçou o discurso da tucana ressaltando que o PT quebrou a confiabilidade do mercado internacional no Brasil, o que precisa ser revertido pelo novo governo.

“A queda da nota internacional afastou os investimentos do País. Os juros cresceram, e foi acontecendo uma série de coisas erradas, incluindo a insegurança jurídica e no campo. Agora vamos rezar para ver se o Brasil retoma o rumo da lealdade, sem o vício do toma lá dá cá”, comentou.

Mara Caseiro ressaltou que a decisão do Senado, que aprovou a abertura do processo de impedimento com 55 votos favoráveis contra 22 contrários, está diretamente relacionada com o clamor das ruas.

“Se não fossem os movimentos sociais, de pessoas que trabalham e que querem o bem do País, isso não tinha acontecido. Foi um movimento de pessoas ordeiras, foi um recado para os políticos, um grito saindo do seio da população, que não agüenta mais essa situação”, discursou.

Agora, o Senado passará a colher provas, realizar perícias, ouvir testemunhas de acusação e defesa para instruir o processo e embasar a decisão final. Para Mara Caseiro, o que não faltam são provas para embasar o impedimento da presidente.

“Ela é acusada de praticar as pedaladas fiscais, que configura crime de responsabilidade fiscal, editou decretos liberando créditos suplementares sem a autorização do Congresso, além de ser acusada de interferir no andamento da operação Lava Jato, corrupção na Petrobras, que lesou umas das instituições mais concretas do mundo”, observou.

O julgamento será presidido pelo presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, que também comandará a Comissão Processante do Senado.

Para cassar a presidente, pelo menos 54 dos 81 senadores precisam votar sim. “E é isso o que o Brasil espera”, finalizou Mara Caseiro.
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