Deputados buscam audiência com ministro para discutir conflitos no campo e na fronteira

Imagem: Mara Caseiro quer falar com ministro sobre conflito em Caarapó
Mara Caseiro quer falar com ministro sobre conflito em Caarapó
22/06/2016 - 12:55 Por: Assessoria de Imprensa    Foto: Divulgação

Deputados estaduais de Mato Grosso do Sul estão articulando audiência com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, para tratar de dois assuntos que estão trazendo medo e insegurança à população: os conflitos em Caarapó, envolvendo índios e proprietários rurais, e a guerra na fronteira com o Paraguai.

Foi aprovado durante a sessão desta manhã (22) requerimento a ser encaminhado ao ministro pedindo audiência. Os parlamentares reivindicam a designação da Força Nacional na região de fronteira, com atuação principalmente nos municípios de Ponta Porã, Aral Moreira, Antônio João e Bela Vista.

Na noite de domingo (19), em Pedro Juan Caballero, no Paraguai, houve troca de tiros entre uma caminhonete brasileira e a polícia Paraguaia. Três pessoas morreram. O fato aconteceu quatro dias depois da execução do narcotraficante Jorge Rafaat, morto com tiros de metralhadora ponto 50.

Em Caarapó, uma onda de invasões de propriedades particulares assusta o município e causa desespero em produtores rurais que foram expulsos de casa pelos indígenas, além de terem o patrimônio depredado, animais abatidos e maquinário queimado.

Para a deputada Mara Caseiro (PSDB), que participou esta semana de reunião no município, em busca de entendimento, é preciso que o ministro receba as duas demandas, ouvindo também o apelo de quem sofre com o conflito.

“Já que estamos pedindo uma audiência com o ministro, é preciso que ele ouça também o apelo dos produtores de Caarapó. Mato Grosso do Sul não aguenta mais esse desmando, essa desordem, precisamos de uma solução definitiva para que cessem essas invasões. Não podemos mais perder vidas, isso é um absurdo”, disparou.

A deputada voltou a pedir interferência da Igreja Católica no processo. Recente CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) concluiu que o Cimi (Conselho Indigenista Missionário), órgão ligado à CNBB (Conselho Nacional dos Bispos do Brasil) não apenas incita, mas financia as invasões no Estado.

“O Papa, os bispos, a CNBB tinham que ouvir o que falamos aqui na Assembleia. Estamos aqui há anos defendendo a legalidade, pedindo providência. Também precisamos que haja seriedade por parte do governo, e que ele resolva de uma vez por todas a questão”, finalizou.
As matérias no espaço destinado à Assessoria dos Parlamentares são de inteira responsabilidade dos gabinetes dos deputados.