Prefeito de Mundo Novo percorre gabinetes para que hospital não feche as portas

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Prefeito de Mundo Novo discute fechamento de hospital com deputada Mara
21/09/2016 - 16:24 Por: Fernanda França    Foto: Fernanda França

O prefeito Humberto Amaducci (PT) percorreu durante todo o dia (21) gabinetes da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul em busca de apoio para que a Fundação Hospitalar de Mundo Novo não feche suas portas.

Foi realizada uma seleção emergencial de funcionários para trabalhar na unidade de saúde. Entretanto, o MPE (Ministério Público Estadual) pediu a anulação do processo por entender que as contratações teriam de ser feitas por meio de concurso público.

A justiça do município também determinou a paralisação dos atendimentos pela equipe que passou na seleção realizada pela prefeitura. Por sua vez, o município ingressou com agravo no TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) na tentativa de manter os atendimentos até que a ação seja transitada em julgado.

Por entender que o município não respeitou determinação judicial, o Ministério Público entrou com pedido de fechamento do hospital, que possui 7 médicos, 6 enfermeiros, cerca de 40 funcionários e 35 leitos de internação, atendendo a população exclusivamente por meio do SUS (Sistema Único de Saúde).

De acordo com o prefeito, o hospital possui equipamentos de ponta como raio-x digital, eletroencefalograma, ultrasson e salas cirúrgicas, o que otimiza e muito o atendimento não apenas da população de Mundo Novo, mas de várias cidades vizinhas na região do Conesul.

Ele procurou nesta manhã a presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, deputada Mara Caseiro (PSDB), em busca de apoio para que as portas da unidade não sejam fechadas.

A parlamentar classificou a possibilidade de fechamento do hospital como “um absurdo” e propôs que seja firmado um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) para resolver a situação.

“Com esse TAC, os atendimentos continuariam até que o concurso pudesse ser realizado, não prejudicando a população. Fechar as portas desse hospital seria um absurdo. Vamos fazer todas as gestões possíveis para que isso não ocorra”, afirmou.

Mara Caseiro também informou que deve visitar o hospital na próxima semana para conhecer de perto a estrutura da unidade e compreender melhor todo o processo. Ela destacou ainda que as gestões serão feitas acima de qualquer divergência partidária.

“Apesar de não ser do mesmo partido que o prefeito, de não tê-lo apoiado na última eleição, e de caminhar em lados diferentes politicamente falando, vamos trabalhar em parceria nessa questão, em nome da população de Mundo Novo e de toda a região do Conesul, que tanto necessita de serviços de saúde e que não pode ver as portas dessa unidade de saúde tão importante serem fechadas”, comentou.

Representante do Conesul na Assembleia Legislativa, Mara Caseiro concluiu enfatizando que algo precisa ser feito de forma urgente para resolver esse impasse jurídico.

“Não podemos permitir que se feche um hospital tão importante, que teve suas portas abertas há pouco tempo e que está atendendo tão bem a população. Não importa a cor partidária. Deixar que isso aconteça é inadmissível”, destacou.
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