“Governo intimida servidores públicos”, afirma Amarildo Cruz

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14/05/2009 - 12:38 Por: Adriana Orrico - Assessoria de Imprensa Deputado Amarildo Cruz (PT)    Foto: Tião Guimarães / ALMS

Em dia de votação dos projetos de reajuste salarial dos servidores públicos estaduais, o deputado Amarildo Cruz, vice-líder da bancada petista, ocupou a tribuna para denunciar que algumas categorias foram intimidadas pelo governo do Estado a não se manifestarem, nesta quinta-feira, dia 14.

Ao contrário de anos anteriores, o plenário da Assembleia Legislativa não contou com a presença maciça dos servidores durante a votação. “O servidor está intimidado pelo governo, muitas categorias sequer foram recebidas para negociação”, afirmou o parlamentar, que é presidente da Comissão de Serviço Público e Administração da Casa.

O deputado citou que os docentes e técnicos da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) elaboraram um documento reiterando que a proposta do governo não contempla a reivindicação da categoria de correção salarial, e que afirma que eles tampouco tiveram a oportunidade de negociar.

Segundo Amarildo Cruz, antes da votação dos projetos, os líderes de cada categoria foram consultados sobre a possibilidade da bancada petista não fazer acordo de lideranças e acabar trancando a pauta de votações de hoje, uma vez que os projetos teriam que seguir o trâmite regimental.

“Muitos servidores estão insatisfeitos, no entanto, fizemos acordo porque não houve mobilização contrária”, explicou Amarildo Cruz. Ele disse que na sua época de sindicalista, a frente do Sindate (Sindicato dos Agentes Tributários Estaduais), se marcava posição pela presença. “Mas hoje, se os servidores comparecerem correm o risco de serem retaliados”, acrescentou.

Casa vazia

O deputado Pedro Kemp (PT) disse que em oito anos de atuação no parlamento, esta é a primeira votação de reajuste salarial com a casa vazia. “É uma votação de reajuste de servidores, sem a presença dos servidores”, observou.

Kemp disse ainda que o governo tem anunciado que o aumento concedido por ele é superior aos outros estados, no entanto, há dois anos que os servidores estavam à “míngua”. “No ano passado o reajuste foi de 3%, no primeiro ano de governo foi zero”, lembrou o petista.
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