Deputados do PT votam contra moção de repúdio ao MST
13/10/2009 - 14:42
Por: Adriana Orrico - Assessoria de Imprensa Deputado Amarildo Cruz (PT)
Foto: Elias Alves
O deputado estadual Amarildo Cruz, presidente regional do PT, disse que a direção nacional do MST divulgou uma nota na qual o movimento afirma que a fazenda ocupada se trata de propriedade grilada. “Por que a imprensa nacional não dá destaque à grilagem de terras desta empresa?”, questionou o deputado.
A nota informa ainda que a Cutrale controla 30% de toda a produção de suco de laranja no mundo. As imagens da invasão tiveram repercussão nacional, com plantações arrancadas, tratores danificados e instalações depredadas. A direção do MST atribuiu os atos de vandalismo a possíveis "infiltrados", e pediu que a situação seja investigada.
“Parecia um set de filmagem”, acrescentou Amarildo Cruz, referindo-se à cobertura da imprensa, inclusive com imagens aéreas da fazenda. De acordo com ele, pode ter havido uma manobra para que se investigue o MST e os supostos repasses de verbas públicas, através de uma CPI a ser instalada no Congresso Nacional.
Em aparte, o deputado estadual Pedro Kemp (PT) afirmou que a superintendência do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) de São Paulo reconhece a área invadida como terras da União. “Trata-se de uma empresa exportadora que enriquece às custas do patrimônio público”, reiterou Kemp.
Sobre a invasão, ambos deputados disseram ser contra qualquer forma de violência. Segundo o MST, quando os militantes deixaram a fazenda, na última quarta-feira, 7, em cumprimento a uma determinação judicial, "não havia ambiente de depredações".
“Não se justifica uma invasão porque a terra é grilada, nem estou defendendo a Cutrale”, afirmou o deputado Antônio Carlos Arroyo (PR), autor da moção. Os deputados Paulo Duarte (PT) e Coronel Ivan (PRTB) também votaram contra a proposta.
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