Com apoio da bancada do PT, Amarildo apresenta moção de repúdio à permanência de Marco Feliciano na presidência da CDHM

O deputado estadual Amarildo Cruz (PT) apresentou, na sessão de hoje na Assembleia Legislativa, moção de protesto à permanência do deputado federal Marco Feliciano (PSC) na presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados (CDHM). O repúdio, assinado por toda a bancada estadual do PT, foi feito em virtude de declarações racistas e homofóbicas feitas pelo parlamentar e amplamente veiculadas na imprensa nacional.

Conforme a moção, “tal conduta não condiz com o Estado Democrático de Direito, que sempre busca justiça social e o respeito à dignidade da pessoa humana e das minorias”.

Após apresentar a proposição, o deputado Amarildo Cruz utilizou a tribuna para repudiar a postura do deputado Marco Feliciano que, segundo ele, fere diretamente os direitos previstos na Constituição Federal. “A Câmara Federal deve saber que aqui na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul nós temos posição contrária ao racismo e à homofobia”, pontuou.

Com amplo histórico de luta em defesa da igualdade racial, Amarildo Cruz criticou ainda a declaração do presidente da CDHM da Câmara, segundo a qual os negros são “amaldiçoados”. “Quando o deputado se manifesta dessa forma, expressa e instiga a discriminação”, avaliou.

Manifestações contrárias à postura do deputado Marco Feliciano têm surgido por todo o País. Uma frente parlamentar formou-se na Câmara na tentativa de tirá-lo da presidência da Comissão de Direitos Humanos e Mandado de Segurança foi impetrado no Supremo Tribunal Federal (STF) com esse pedido.

Houve também protestos da sociedade civil organizada em várias capitais. Até os evangélicos se manifestaram para deixar claro que o referido deputado não os representa. Além das declarações polêmicas contra minorias, o parlamentar é alvo de inquérito por homofobia que tramita no STF.