Amarildo Cruz defende audiência pública para discutir conflitos indígenas em MS
Amarildo Cruz durante pronunciamento na sessão da Assembleia Legislativa
04/06/2013 - 18:40
Por: Alessandro Perin
Foto: Gleice Carpi
De acordo com o deputado estadual Amarildo Cruz, os indígenas do Estado têm o direito de ser ouvidos como aconteceu com os produtores rurais." Temos que ouvir os dois lados envolvidos na questão. O governo não pode tomar uma decisão sem ouvir os dois lados. Por isso, precisamos aprofundar a discussão nessa audiência pública", explicou o parlamentar.
Além disso, Amarildo Cruz lembrou que a melhor maneira para resolver o conflito relacionado à invasão de terras em Mato Grosso do Sul é o diálogo. " Hoje o Estado está sob tensão. Essa questão precisa ser resolvida de forma pacífica. Nós temos o compromisso de resolver essa situação da melhor forma possível", salientou.
Segundo o deputado Amarildo Cruz, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, já se colocou à disposição para receber uma comissão de indígenas do Estado para ouvir suas reivindicações. Amarildo Cruz também defende que uma comissão de deputados acompanhe os indígenas durante a audiência em Brasília.
Conflito
No dia 29 do mês passado o indígena Oziel Gabriel, de 35 anos, morreu após ser baleado durante a reintegração de posse da Fazenda Buriti, em Sidrolândia. A ação foi realizada pelas policias militar e federal com autorização da Justiça.
Após o confronto, os indígenas deixaram a área, porém novamente invadiram a Fazenda Buriti após a saída da polícia. Os índios reivindicam uma área de 15,2 mil hectares, na região de Sidrolândia e Dois Irmãos do Buriti, no sul do Estado.
A área atual da terra indígena é de dois mil hectares, onde vivem 4,5 mil pessoas, em nove aldeias. A área reivindicada já foi considerada por perícia judicial antropológica e histórico-arqueológica como terra de ocupação tradicional indígena, porém uma decisão judicial impede a demarcação das terras.
Além da Fazenda Buriti, os indígenas invadiram novamente a Fazenda Cambará, em Sidrolândia. A invasão da área ocorreu no último domingo, dia 2.
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