Ministro Padilha se colocou à disposição da CPI da Saúde em MS, destaca Amarildo Cruz

Imagem: Amarildo Cruz durante pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa
Amarildo Cruz durante pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa
07/08/2013 - 17:08 Por: Alessandro Perin    Foto: Gleice Carpi

O deputado estadual , Amarildo Cruz (PT), usou à tribuna na sessão ordinária dessa quarta-feira para destacar que o Ministério da Saúde se colocou à disposição para ajudar nas ações voltadas ao melhoramento da saúde em Mato Grosso do Sul. Prova disso, é que o relatório final realizado da força-tarefa do órgão no Hospital do Câncer, na Santa Casa, no Hospital Regional e no Hospital Universitário, em maio e junho deste ano, deverá ser divulgado nos próximos 15 dias em Campo Grande.

Segundo o deputado estadual Amarildo Cruz, o Ministério da Saúde tem pleno conhecimento de todas as ações que são realizadas em Mato Grosso do Sul. “O ministro vem acompanhando o trabalho das CPIS e da situação da saúde em nosso Estado. Ele se colocou à disposição para nos ajudar em tudo o que for preciso”, comentou.

Ainda de acordo com o deputado estadual Amarildo Cruz, o problema da saúde é grave e só será resolvido com a união de forças. “Não é o ministro Alexandre Padilha, a CPI, ou o gestor que vão resolver essa situação. Esse problema só será sanado o esforço e comprometimento de cada um, inclusive do judiciário”, destacou.
Para finalizar, o presidente da CPI da Saúde em MS disse que é possível perceber movimentações contrárias, com o objetivo de impedir os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembleia Legislativa. “São movimentos que sempre apoiaram esse caos da saúde. Quando percebemos esses setores incomodados, temos certeza que estamos alcançado nosso objetivo. Nós, de uma forma convicta e segura, contamos com o respaldo da sociedade e isso é o que nos interessa”, finalizou.

Visita Ministro

O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, garantiu aos deputados que integram a Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembleia Legislativa que nos próximos dias será divulgado o relatório final da força-tarefa do órgão, que realizou auditorias no Hospital do Câncer, na Santa Casa, no Hospital Regional e no Hospital Universitário, em maio e junho deste ano.

A divulgação dos dados ocorrerá em Campo Grande, durante uma reunião conjunta das Comissões Parlamentares de Inquérito da Assembleia Legislativa e da Câmara Municipal de Campo Grande. “O Ministério da Saúde divulgou um relatório parcial. O relatório completo será divulgado pelo chefe da força-tarefa, que irá participar da reunião das duas CPIS. A data da divulgação já está sendo definida”, comentou o deputado estadual Amarildo Cruz.

O deputado Amarildo Cruz, presidente da CPI da Saúde em MS, aproveitou a reunião com Alexandre Padilha e entregou um documento sobre o fechamento do Pronto Atendimento Médico do Hospital Universitário. “O Ministro de imediato solicitou providências para a reabertura do PAM do HU. Ele tem pleno conhecimento sobre os problemas da saúde em nosso Estado e do trabalho que vem sendo realizado para melhorar esse cenário”, comentou.

Além disso, o deputado estadual Amarildo Cruz cobrou de Alexandre Padilha um posicionamento sobre os cinco aparelhos aceleradores lineares que deveriam ser enviados para Mato Grosso do Sul, mas que foram recursados. “O Ministério vai mandar uma manifestação oficial à CPI avisando quais os locais que irão receber os equipamentos”, salientou.

Segundo Amarildo Cruz, o resultado da reunião com Alexandre Padilha foi bastante positivo. “O Ministro assumiu o compromisso de nos fornecer todas as informações necessárias. Prometemos que a conclusão do relatório final da CPI da Assembleia será encaminhado primeiramente ao Ministério da Saúde. Nele, vamos apontar os problemas e as sugestões para melhorar a saúde em Mato Grosso do Sul”, finalizou.

Para o relator da CPI, deputado Junior Mochi (PMDB), a reunião muito produtiva, pois puderam contextualizar sobre os trabalhos desenvolvidos pela comissão e ao final deverão entregar ao Ministério um diagnóstico da situação da saúde no Mato Grosso do Sul, bem como apontar ações que poderão ser desenvolvidas pelo ministério para melhorar a saúde no estado.

Além disso, Junior Mochi destaca que os membros apresentaram duas principais reivindicações, que foi a intervenção imediata para a reabertura do Pronto Atendimento do Hospital Universitário e a destinação dos aceleradores lineares ao HU e HR de Campo Grande e também para os municípios de Dourados, Corumbá e Três Lagoas, totalizando três aparelhos.

Outros dois pedidos foram apresentados, um para que a União aumente o teto financeiro destinado para a saúde de MS e outro para que a coordenadora da força tarefa do Ministério da Saúde no MS, Inês Gadelha, seja ouvida conjuntamente pelas duas Comissões Parlamentar de Inquérito, ou seja, da Câmara Municipal de Campo Grande e da Assembleia Legislativa. “O ministro gostou do que ouviu e se prontificou em dar andamento às nossas solicitações”, comentou Mochi.

Além de Amarildo Cruz, o encontro contou com as presenças do deputado estadual Junior Mochi, relator da CPI da Saúde em MS, do senador Waldemir Moka e dos vereadores de Campo Grande, Flávio César e Carla Stephanini.

CPI da Saúde em MS

A CPI da Saúde em MS foi criada no dia 23 de maio deste ano. Os parlamentares querem saber como estão sendo feitos os repasses dos recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) para unidades hospitalares de Campo Grande, Corumbá, Paranaíba, Dourados, Três Lagoas, Jardim, Coxim, Aquidauana, Nova Andradina, Ponta Porã e Naviraí. A investigação apura os repasses e convênios feitos nesses municípios nos últimos cinco anos.

A Comissão Parlamentar de Inquérito tem 120 dias para apurar as possíveis irregularidades, podendo ser prorrogada por mais dois meses. Já foram ouvidos a ex-secretária estadual de Saúde, Beatriz Dobashi, o secretário municipal de Saúde de Campo Grande, Ivandro Fonseca, o presidente da Santa Casa da Capital, Wilson Teslenco, os ex-diretores do Hospital Universitário, José Carlos Dorsa, e do Hospital Regional de Campo Grande, Ronaldo Perches Queiroz.

Também foram ouvidos pelos parlamentares os ex-integrantes da Junta Interventora da Santa Casa de Campo Grande, Antonio Lastória, Nilo Sérgio Laureano Leme e Issan Moussa, o diretor-presidente do Hospital do Câncer, Carlos Alberto Moraes Coimbra, e o ex-presidente do Conselho Estadual de Saúde, Florêncio Garcia, além de gestores e conselheiros municipais de saúde nas cidades de Dourados, Coxim e Aquidauana.

Para ajudar no trabalho de investigação, os deputados decidiram criar o e-mail cpisaude@al.ms.leg.br para que as pessoas possam denunciar irregularidades nas unidades hospitalares. Também foi criada a fan pag CPI da Saúde em MS (https://www.facebook.com/cpidasaudeemms).

As pessoas podem assistir as oitivas de Campo Grande ao vivo no link (http://www.al.ms.gov.br/Default.aspx?alias=www.al.ms.gov.br/tvassembleia). Além disso, no canal de comunicação os internautas podem conferir matérias sobre os trabalhos da Comissão e reprises das oitivas da CPI da Saúde em MS realizadas em todo o Estado.

As reuniões ordinárias acontecem todas as segundas-feiras, sempre às 14 horas, e as extraordinárias às quintas, no mesmo horário. Elas também podem ser assistidas ao vivo pela Tv Assembleia, em Campo Grande pelo Canal 9, em Dourados pelo Canal 9, e em Naviraí pelo Canal 44. Todas as oitivas realizadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito podem ser assistidas, ainda, no Youtube, no canal cpidasaudeemms.

A CPI é composta pelos deputados Amarildo Cruz - presidente, Lauro Davi (PSB) - vice-presidente, Junior Mochi (PMDB) - relator, Mauricio Picarelli (PMDB) - vice-relator e Onevan de Matos (PSDB).
As matérias no espaço destinado à Assessoria dos Parlamentares são de inteira responsabilidade dos gabinetes dos deputados.