Deputado Amarildo Cruz ressalta irregularidades do Gisa apontadas em auditoria da CGU
27/11/2014 - 12:21
Por: Evllyn Rabelo
Foto: Evllyn Rabelo
No relatório da CGU, consta que o convênio firmado pela Prefeitura de Campo Grande, na gestão do ex-prefeito Nelsinho Trad para a aquisição do sistema GISA, causou prejuízo de R$ 6.861.705,73 aos cofres públicos.
Amarildo Cruz lembrou que as irregularidades referendadas pela CGU constam no relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito da Saúde, a qual presidiu durante os seis meses de investigação, bem como em seu voto em separado que pediu indiciamentos e a devolução de recursos públicos gastos indevidamente. "A maioria das falhas apontadas na auditoria da CGU constam nos documentos da CPI da Saúde, o que demonstra o grau de responsabilidade do trabalho que realizamos", falou.
O parlamentar disse ainda que o MPF tem todas as informações necessárias para dar continuidade ao trabalho de responsabilizar os envolvidos no escândalo do GISA. "O Ministério Público Federal tem base suficiente, com o relatório da CGU, além dos documentos da CPI da Saúde para tomar as providências cabíveis nessa questão".
Ontem o deputado estadual Amarildo Cruz se reuniu com a Chefe da Controladoria Regional da União no Estado do Mato Grosso do Sul, Janaina Gonçalves Theodoro de Faria e com sua equipe, para tratar da auditoria realizada pelo órgão. Na oportunidade, solicitou uma cópia do relatório final da auditoria.
Durante a audiência, a Chefe da Controladoria destacou a importância do trabalho realizado durante a CPI da Saúde. “O trabalho realizado pela CPI da Saúde, o relatório final e o seu voto em separado foram essenciais para o andamento da auditoria da CGU”, falou dirigindo-se ao deputado Amarildo Cruz.
Janaina Theodoro disse ainda que o parlamento deve ser atuante. "É imprescindível que o parlamento atue como fiscalizador em questões importantes como essa. Aliás, a principal função do legislativo é fiscalizar o executivo", falou.
CPI da Saúde em MS
A CPI foi a maior investigação já realizada na saúde de Mato Grosso do Sul. Em seis meses de trabalho mais de 100 pessoas foram ouvidas em 11 cidades do Estado. Mais de 70 mil páginas de informações foram catalogadas por uma equipe composta de 19 técnicos.
Todo o material da investigação foi encaminhado ao Ministério Público Estadual, ao Ministério Público Federal, Polícia Federal, Controladoria Geral da União, Denasus, Governo do Estado e Ministério da Saúde. Ao final dos trabalhos o deputado Amarildo Cruz apresentou um voto em separado ao relatório final e pediu indiciamentos e a devolução de recursos públicos gastos indevidamente.
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