Assembleia promove encontro de familiares e vítimas da hanseníase na próxima segunda-feira
22/06/2015 - 09:37
Por: Evllyn Rabelo
Foto: Pixel 9
A intenção do Morhan é reunir pessoas que foram separadas de seus pais com hanseníase na década de 90 para uma discussão, na tentativa de sensibilizar a população e o Governo Federal do holocausto vivido por essas pessoas, além de mostrar para a sociedade que a hanseníase é uma doença que possui tratamento e cura.
Segundo o Morhan, a separação das famílias atingidas pela hanseníase era imposta como forma de evitar o contágio de outras pessoas. Durante décadas, os doentes eram separados do ambiente social de forma repentina e internados em instituições fechadas, conhecidas como leprosários ou hospitais-colônia. Os filhos eram levados para educandários ou orfanatos e entregues a outras famílias. Muitos desapareceram. Depois de liberados dos leprosários, muitos pais que buscaram seus filhos nunca os encontraram.
Para o deputado estadual Amarildo Cruz, a luta do movimento é legítima. "Naquela época, os portadores da hanseníase eram 'caçados' pela Guarda Sanitária e isolados de seus familiares. Muitas dessas pessoas nunca mais reviram seus entes queridos. É justo que eles sejam indenizados por isso, embora o trauma psicológico não tenha como ser ressarcido", falou.
O encontro contará com a participação do coordenador nacional do Morhan, Artur Custódio Moreira de Souza, pessoas atingidas com a separação, autoridades e é aberta a toda a população.
As matérias no espaço destinado à Assessoria dos Parlamentares são de inteira responsabilidade dos gabinetes dos deputados.