Última cartada: Corrêa sugere discutir parcelamento com Enersul

Imagem: Deputados Paulo Corrêa e Mara Caseiro ocuparam a tribuna para repercutir reajuste de energia.
Deputados Paulo Corrêa e Mara Caseiro ocuparam a tribuna para repercutir reajuste de energia.
06/04/2011 - 13:25 Por: Paulo Fernandes    Foto: Giuliano Lopes

Um dia após a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) ter mantido o índice de reajuste de 17,49% nas contas de energia, os deputados estaduais Paulo Corrêa (PR) e Mara Caseiro (PTdoB) manifestaram, em discursos na tribuna, nesta quarta-feira (6/4), frustração com a decisão.

Apesar da definição, Corrêa ainda fará uma última tentativa de minimizar o impacto: pedir para a Enersul (Empresa de Energia Elétrica de MS) a diluição do reajuste em parcelas, levando em consideração que o Estado passa por um momento de dificuldade econômica por conta dos estragos das chuvas e dos prejuízos na safra. "A economia de Mato Grosso do Sul está sob alerta", disse.

Ontem, uma comissão especial da Assembleia Legislativa participou da reunião na Aneel. Foram a Brasília (DF) os deputados Paulo Corrêa, Marquinhos Trad (PMDB), Mara Caseiro, Dione Hshioka (PSDB), George Takimoto (PSL) e Felipe Orro (PDT).

Presidente da extinta CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Enersul, Paulo Corrêa explicou que o índice encontrou respaldo no contrato de concessão, após três anos sem reajuste da tarifa em Mato Grosso do Sul. Os reajustes são anuais. "Acho que é o mais pesado do Brasil", afirmou.

Mara Caseiro também discursou sobre o assunto. Ela considerou o reajuste abusivo e manifestou a frustração dos deputados. "Fizemos tudo como agentes políticos que estava a nossa alcance", afirmou.

A deputada afirmou que existe uma representação no MPF (Ministério Público Federal), apresentado pela advogada Ieda Mara e pelo Conselho de Defesa do Consumidor, com relação ao reajuste. "Eu gostaria que a doutora Ieda e o Conselho de Defesa do Consumidor fossem chamados para falar como anda a representação", disse.
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