Deputados estão preocupados com a situação de renais crônicos

Os pacientes renais crônicos enfrentam hoje por uma situação dramática em Mato Grosso do Sul. São poucas as unidade de saúde que realizam hemodiálise e os transplantes de rins não acontecem mais. Na sessão desta quinta-feira (19/5), os deputados estaduais debateram as soluções para acabar com a angústia e desespero desses pacientes.

“Há pouco tempo, Mato Grosso do Sul era destaque nacional, com a realização de 48 transplantes mensais de rins. No entanto, há um ano e meio os transplantes foram totalmente suspensos. Com isso, houve uma crise profunda no sistema de prestação de serviço aos renais crônicos. O Hospital Evangélico, por exemplo, recebe 180 pacientes de Dourados e região”, afirmou o deputado Laerte Tetila (PT).

O petista quer o envolvimento dos deputados federais e senadores sul-mato-grossenses para buscar soluções e resolver a grave situação. “É preciso um mutirão político para encontrar as soluções. Acredito que o Ministério da Saúde tenha dotação orçamentária própria para atender este segmento”, argumentou.

Os deputados são unânimes que uma das soluções é interiorizar o tratamento do renal crônico. “Temos que interiorizar a saúde. É nos municípios que precisam ser oferecidos tratamentos de prevenção, casas de amparos e clínicas públicas de hemodiálise. A interiorização do tratamento evita o deslocamento para centros de maior distância, priorizando desta forma a dignidade e qualidade de vida dos pacientes”, defendeu o deputado estadual Antônio Carlos Arroyo (PR).

Dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia apontam que existem hoje, no país, 80 mil pacientes em diálise e 12 milhões pessoas com disfunção renal, só que 2 milhões sequer sabem que possuem o problema. Segundo a ABTO (Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos), em 2010 o Brasil realizou 6.402 transplantes de órgãos. Desse total, 4.630 foram de rim.