Audiências públicas sobre crack irão acontecer nos municípios

Imagem: Conforme o deputado Eduardo Rocha, propositor da audiência, eventos como este devem ser realizados nas principais cidades de MS.
Conforme o deputado Eduardo Rocha, propositor da audiência, eventos como este devem ser realizados nas principais cidades de MS.
20/06/2011 - 16:26 Por: Heloíse Gimenes    Foto: Giuliano Lopes

O valor baixo do crack, em torno de R$ 5,00, faz com que seja uma droga popular. Antes encontrada somente nos grandes centros, o consumo da pedra branca hoje está em todas as cidades.

Pensando nisso, o deputado estadual Eduardo Rocha (PMDB), propositor da audiência pública “Enfrentamento e combate ao crack”, quer discutir o tema nos municípios do interior do Estado.

Rocha também quer os agentes de saúde envolvidos no enfrentamento da droga. “Os agentes de saúde estão em todos os municípios, tendo contato direto com as famílias. Portanto, é um excelente instrumento nesta luta de enfrentamento e combate”, defende.

Assistência Social - A secretária de Estado de Trabalho e Assistência Social, Tânia Mara Garib, disse que o Estado irá preparar as entidades que tratam de dependentes químicos no sentido de organizá-las para que tenham acesso a recursos públicos.

Garib explica que o papel da assistência social é direcionado às famílias. “Orientamos e preparamos as famílias por meio dos Centros de Referências de Assistência Social, para receber quem foi se tratar contra o vício. O tratamento é de responsabilidade da Secretaria de Estado de Saúde. Já a prevenção é da Secretaria de Estado de Educação”, destaca.

Saúde - Segundo a secretária de Estado de Saúde, Beatriz Dobashi, a rede de saúde mental é quem atende os dependentes químicos. Primeiramente, o usuário é encaminhado ao Centro Regional de Desintoxicação, no Hospital Regional. O tempo de internação é de 20 dias.

Se tiver apoio familiar, o usuário é encaminhado para um CAP (Centro de Atenção Psicossocial), presente em 16 municípios. Caso não tenha, é atendido por uma rede social. Dobashi explica que se for necessário cuidado mais longo, o dependente recebe tratamento em hospitais especializados.

Em Mato Grosso do Sul existem dois hospitais especializados, Nosso Lar (Campo Grande) e Adolfo Bezerra de Menezes (Paranaíba), que possuem juntos 200 leitos. Há também 42 comunidades terapêuticas e 41 instituições voltadas para dependentes químicos.

A secretária admite que a rede de saúde não é suficiente para o enfrentamento ao crack, no entanto, tem trabalhado para que seja uma rede consolidada, segura e eficiente no combate à droga.
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