Audiências sobre hiperatividade e exploração são propostas

Imagem: Deputado propôs as duas audiências públicas na sessão desta quinta-feira.
Deputado propôs as duas audiências públicas na sessão desta quinta-feira.
07/07/2011 - 13:37 Por: João Humberto    Foto: Giuliano Lopes

O 2º secretário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, deputado Paulo Duarte (PT), propôs na sessão desta quinta-feira (7/7), a realização de duas audiências públicas: “Exploração sexual de crianças e adolescentes nos municípios de fronteira – Brasil x Paraguai e Brasil x Bolívia” e “TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), conhecer para entender”.

Conforme Duarte, a audiência sobre a exploração sexual deverá ser realizada em Corumbá no dia 19 de agosto, às 8h30. Ele informa que a mobilização e articulação em todas as instâncias devem ser contínuas e que as ações de prevenção são as mais necessárias, bem como a geração de emprego e renda para as famílias e a educação de qualidade, para acabar com o problema.

Segundo pesquisas realizadas por órgãos e entidades de defesa dos direitos da criança e do adolescente, de cada caso de violência contra as pessoas dessa faixa etária notificado às autoridades competentes, 20 outros casos acontecem ao mesmo tempo, sem qualquer comunicação ou notificação. “São casos preocupantes de violência silenciosa”, alerta o deputado.

Em Mato Grosso do Sul, de acordo com o parlamentar, os casos de exploração sexual infantil ocorrem, em sua grande maioria, nos municípios fronteiriços com forte atividade turística, nas localidades em que há destilarias de álcool ou plantações de cana-de-açúcar e em grandes canteiros de obras.

Hiperatividade - Já a segunda audiência foi solicitada por Duarte à Mesa Diretora da Assembleia, para que aconteça no plenário Júlio Maia no dia 2 de setembro, às 8h30. O objetivo é propiciar às pessoas o conhecimento sobre a doença.

O TDAH é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda sua vida. “O tema merece a atenção de todos os segmentos da sociedade, pois estudos científicos mostram que as pessoas com TDAH têm alterações na região frontal e as suas conexões com o resto do cérebro”.

A terapia cognitiva comportamental é a que propicia melhores resultados. O foco da terapia deve ser a mudança de velhos hábitos que já se tornaram vícios como adiamento crônico, desorganização, pensamentos negativos, bem como resgatar a autoconfiança e a auto-estima do indivíduo, geralmente muito abaladas.
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