Deputado Arroyo propõe feriado para resgatar a história de MS

Imagem: Arroyo diz que o nome de MS não foi discutido, mas sim uma "canetada".
Arroyo diz que o nome de MS não foi discutido, mas sim uma "canetada".
12/07/2011 - 12:17 Por: Paulo Fernandes    Foto: Giuliano Lopes

Em discurso na tribuna, nesta terça-feira (12/7), o deputado Antônio Carlos Arroyo (PR) anunciou que irá propor a criação de um feriado ou ponto facultativo no dia 11 de julho para resgatar a história de Mato Grosso do Sul.

A data faz referência à criação do Estado de Maracaju, que existiu de 10 de julho a 2 de outubro de 1932, sem autorização da União, durante as agitações da Revolução Constitucionalista, e mais especificamente à sessão solene, realizada no dia 11 de julho, quando a sede do Governo foi instalada na Loja Maçônica Oriente Maracaju, na avenida Calógeras entre a avenida Afonso Pena e a rua 15 de Novembro.

Na ocasião, o médico Vespasiano Barbosa Martins assumiu como governador e Artur Mendes Jorge Sobrinho como prefeito de Campo Grande. Os fatos foram resgatados em um artigo do procurador de Justiça e historiador Aroldo José de Lima.

“Assim como o gaúcho festeja o dia 20 de setembro como feriado estadual, em homenagem à República do Piratini, extraído da Revolução Farroupilha, criado nesse dia e que pendurou por quase uma década, nada mais justo do que tirar da enorme discussão acerca da confusão de MS com MT a criação do descanso em 11 de julho, para resgatar a rica história do Sul de Mato Grosso, conciliando, desta forma, diferenças históricas que, quando se divorciaram, o sul abriu mão do nome Mato, aliás, direito adquirido negado posteriormente por Brasília”, escreveu o historiador.

Na sessão de hoje, Arroyo ressaltou que o Estado de Maracaju “foi o embrião do que hoje é Mato Grosso do Sul”. O parlamentar também lembrou que é autor de um PEC (Projeto de Emenda Constitucional) com o objetivo de possibilitar a realização de plebiscitos para discutir assuntos como a mudança do nome do Estado.

Ele é um dos defensores da alteração, para acabar com a confusão com o vizinho Mato Grosso. “O plebiscito acontecerá com as eleições majoritárias, sem custo. Os documentos com o nome Mato Grosso do Sul continuarão valendo. As placas dos carros serão mudadas gradativamente”, afirmou.

“O nome de Mato Grosso do Sul não foi discutido. Foi uma canetada, um decreto do Ernesto Geisel que colocou como 1º governador do Estado um gaúcho (Harry Amorim Costa)”, lembrou o republicano.
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