Para Kemp, TST errou em decisão sobre trabalho escravo
Deputado adverte que empresas têm que respeitar, no mínimo, as leis trabalhistas e ambientais.
02/08/2011 - 13:24
Por: Paulo Fernandes
Foto: Giuliano Lopes
Segundo Kemp, a decisão foi tomada para preservar a saúde financeira da Infinity, em detrimento da saúde dos trabalhadores. “O TST está preocupado em preservar a saúde da empresa. Será que está sendo conivente com o trabalho escravo nas usinas de álcool e açúcar?”, questionou. “Muitos indígenas estavam em situação análoga à escravidão, em alojamentos insalubres”, lembrou o deputado.
O parlamentar também defendeu que o governo do Estado suspenda os incentivos fiscais à empresa. “Tem empresa que vem para cá com incentivos fiscais, desconto de imposto; no mínino elas têm que respeitar as leis trabalhistas e ambientais”, afirmou.
Com intermédio do MPT (Ministério Público do Trabalho), 438 trabalhadores da Usinavi (vindos de Minas Gerais, de estados do Nordeste e índios de Mato Grosso do Sul) tiveram os contratos de trabalho rescindidos na sexta-feira, na sede do Cooperclube, e 365 retornaram para as suas cidades de origem.
Os trabalhadores foram levados em dez ônibus fretados pela empresa para a sede do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), em Campo Grande, para receberem as guias do seguro-desemprego. Com essas guias, eles garantem o benefício, independentemente do tempo de serviço prestado à usina. De Campo Grande, os ônibus com os trabalhadores seguiram para Minas Gerais e estados da região Nordeste.
A usina teve que desembolsar R$ 1,4 milhão para pagamento das verbas rescisórias e aproximadamente R$ 100 mil com transporte.
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Crédito obrigatório para as fotografias, no formato Nome do fotógrafo/ALEMS.
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