Mara destaca Lei Maria da Penha e lamenta estupro no Shopping

Imagem: A deputada explica que a maioria das agressões é feita pelo marido e na frente dos filhos.
A deputada explica que a maioria das agressões é feita pelo marido e na frente dos filhos.
09/08/2011 - 12:24 Por: Fernanda França    Foto: Giuliano Lopes

A deputada estadual Mara Caseiro (PTdoB) ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa na manhã desta terça-feira (9/8) para destacar os cinco anos de criação da Lei Maria da Penha, que protege as mulheres contra a violência doméstica e familiar.

Mara revelou que neste período, o disk denúncia (número 180) do governo federal recebeu 240 mil chamadas. “A maioria das agressões é feita pelo marido e na frente dos filhos”, observou.

Ainda segundo dados apontados pela deputada, ao contrário do que se pensa, a maioria dessas mulheres não depende financeiramente de seus agressores.

Para Mara Caseiro, um dos principais avanços da Lei Maria da Penha é o resguardo à mulher que denuncia seu agressor, o que não acontecia anteriormente.

“Muitas denunciavam, o agressor pagava uma cesta básica e voltava a praticar a violência, mas agora, a Lei Maria da Penha dá essa proteção”, detalhou.

Nestes cinco anos, conforme dados divulgados pela Secretaria de Políticas Públicas para a Mulher, mais de 300 mil processos foram abertos.

Em 2010, de acordo com Mara Caseiro, somente 734 mil mulheres foram atendidas em todo o território nacional, número considerado tímido frente ao grande volume de casos de violência no Brasil.

“Esse número é muito superior, porque muitas mulheres ainda temem fazer a denúncia”, comentou.

Durante aparte, o deputado estadual Cabo Almi (PT) destacou o trabalho realizado pela delegada Lúcia Falcão, da Delegacia da Mulher. Ele também enfatizou que a Lei Maria da Penha “tem diminuído a dor das mulheres agredidas” e que a única saída é denunciar.

Estupro - Ainda falando sobre violência contra as mulheres, Mara Caseiro lamentou profundamente o espancamento seguido de estupro contra uma jovem de 16 anos. O crime ocorreu esta semana, quando ela aguardava o ônibus em frente ao Shopping Campo Grande.

“Esperamos que as autoridades identifiquem e punam estes agressores”, finalizou.
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