Militares que participaram de missão no Haiti são homenageados

Imagem: Militares integrantes do 14° Contingente da Companhia de Estabilização das Nações Unidas.
Militares integrantes do 14° Contingente da Companhia de Estabilização das Nações Unidas.
29/09/2011 - 20:10 Por: Heloíse Gimenes    Foto: Wagner Guimarães

Durante a sessão solene em comemoração aos 190 anos do CMO (Comando Militar do Oeste), a 2ª vice-presidente da Assembleia Legislativa, deputada estadual Dione Hashioka (PSDB), fez uma homenagem aos 77 militares sul-mato-grossenses que participaram da missão de paz da ONU (Organização das Nações Unidas) no Haiti.

Para cada um dos militares que integraram o 14° Contingente da Companhia de Estabilização das Nações Unidas (BRAENGCOY) foi entregue um troféu. Eles atuaram por seis meses na missão de paz no Haiti.

“Trata-se de um reconhecimento público a estes homens que levaram paz para fora do País. Em terras haitianas, eles levaram o valor da solidariedade, marca do povo brasileiro”, destacou a deputada Dione.

A tropa teve a missão de manter a segurança e ajudar na reconstrução do Haiti. Desde o início da operação brasileira naquele País, em 2004, duas vezes por ano o contingente é substituído. Hoje, 1.855 militares estão no Haiti e formam o maior contingente brasileiro enviado ao exterior desde a 2ª Guerra Mundial.
 
O Conselho de Segurança da ONU autorizou o envio de força militar na missão de paz para garantir a estabilidade no País após a queda do ex-presidente Jean Bertrand Aristide. Durante esta primeira etapa da atuação dos brasileiros, a missão da ONU buscou consolidar um efetivo que substituísse a Força Multilateral Interina (MIF, pela sigla em inglês), formada por Estados Unidos, Canadá, França e Chile.
 
Mais contingentes de militares foram enviados em janeiro de 2010, quando o Haiti passou por outra tragédia, quando um terremoto atingiu o País, provocando uma série de mortes, feridos e desabrigados. Casas, comércios e prédios desabaram, inclusive o Palácio Presidencial da capital Porto Príncipe.

“No Haiti tivemos a vivência de uma missão real. Nos deparamos com uma situação de calamidade e colocamos em prática o que aprendemos no Exército Brasileiro. Foi uma importante experiência profissional“, afirmou o major Luciano Rodrigues.

“Foi mais que uma experiência profissional, foi uma lição de vida. Constatamos uma realidade bem diferente do nosso País. Enfrentamos um árduo trabalho para ajudar uma nação sofrida. Trazemos conosco a certeza de que contribuímos com honra e dedicação. Com essa experiência, nos tornamos mais humanos”, destacou o 1º tenente Gustavo Reolon.
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