AL requer medida para evitar regularização de carros roubados

Imagem: "Não podemos permitir que o governo boliviano volte a adotar essa medida", disse Professor Rinaldo.
"Não podemos permitir que o governo boliviano volte a adotar essa medida", disse Professor Rinaldo.
26/10/2011 - 12:27 Por: Heloíse Gimenes    Foto: Giuliano Lopes

A decisão do governo da Bolívia de legalizar todos os veículos que circulam sem documentos naquele País voltou a ser debatida na Assembleia Legislativa. Somente neste ano, Mato Grosso do Sul registrou o roubo de 1.145 veículos, sendo que 429 chegaram a ser recuperados pela polícia. A informação foi repassada pelo deputado estadual Professor Rinaldo (PSDB), durante a sessão desta quarta-feira (26/10).

“Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia e Acre fazem fronteira com a Bolívia e não podem ficar parados diante desta barbaridade. Essa lei da Bolívia é um incentivo ao aumento do número de roubos e furtos no Brasil. Além disso, alimenta o tráfico internacional, pois os carros roubados são trocados por cocaína”, afirmou o parlamentar.

Professor Rinaldo disse que a situação das famílias sul-mato-grossenses é preocupante. “Conheço uma família que foi rendida por assaltantes e as crianças ficaram na mira de uma pistola. A caminhonete foi roubada e, provavelmente, levada para a Bolívia. As vítimas ficaram abaladas e recebem tratamento psicológico. As famílias estão perdendo os bens e a paz também. É preciso tomar medidas urgentes”, ressaltou.

O deputado Eduardo Rocha, líder do PMDB na Casa, também voltou a cobrar providência da União. “Do jeito que está, nosso Estado vai virar corredor de carros roubados". Laerte Tetila (PT) sugeriu que a Assembleia Legislativa encaminhe um documento ao Governo Federal, solicitando a adoção de medidas diplomáticas para evitar que a Bolívia regularize os carros roubados no Brasil.

“Embora o prazo para regularização já tenha encerrado, não podemos permitir que o governo boliviano volte a adotar esta medida. Vamos sim nos manifestar contra essa política do governo boliviano”, concluiu Professor Rinaldo.
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