MS e MT unidos contra lei boliviana que regulariza carro roubado
Deputado Emanuel Pinheiro, da Assembleia Legislativa de MT, particiou da sessão desta quinta.
10/11/2011 - 11:42
Por: Heloíse Gimenes
Foto: Giuliano Lopes
A pedido dos deputados Professor Rinaldo (PSDB) e Laerte Tetila (PT), o deputado mato-grossense Emanuel Pinheiro (PR) participou da sessão ordinária desta quinta-feira (10/11), e relatou as propostas já encaminhadas à Comissão de Relações Exteriores do Senado Federal.
“Queremos uma posição do governo brasileiro. Solicitamos que o Brasil faça um acordo oficial com o governo boliviano para que não se editem mais normas que legalizem carros irregulares. Pedimos ainda que o Ministério da Justiça encaminhe a lista oficial dos carros roubados no Brasil”, disse.
Segundo Emanuel, leis como essa vem sendo editadas desde 1993. “Ano a ano elas são editadas e reeditadas, mas não eram tão explícitas. No entanto, a lei 133 foi a mais audaciosa, deixando claro a legalização dos carros roubados. Essa lei é um patrocínio velado ao narcotráfico, tráfico de armas e a toda forma de violência.”
Sob o mando da lei 133, criou-se uma moeda paralela. “Os carros roubados são trocados por cocaína. Uma caminhonete, por exemplo, é trocada por cinco quilos de cocaína. De que adianta a prevenção e a repreensão das drogas, sendo que a Bolívia democratiza e socializa a cocaína através do poder paralelo”, destacou.
Diplomacia - Para o deputado Emanuel Pinheiro, a diplomacia pressupõe reciprocidade, o que não vem acontecendo na relação com a Bolívia. “Recebemos de braços abertos os bolivianos e em troca eles editam a lei 133. Ou seja, a Bolívia não tem postura diplomática”.
Caso o movimento não tenha o resultado esperado, Emanuel adianta: “Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Acre e Rondônia não ficarão parados. Se a Bolívia nada fizer, nós vamos pedir o fechamento dos consulados bolivianos nos estados fronteiriços. A União que fique com sua diplomacia de manter boas relações para com um País que não tem consideração com o Brasil”, concluiu.
A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Mato Groso do Sul irá acompanhar o resultado das negociações. A expectativa é de que até o fim do mês de novembro a Comissão de Relações Exteriores do Senado Federal dê uma resposta sobre o pedido de acordo entre os dois países.
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Crédito obrigatório para as fotografias, no formato Nome do fotógrafo/ALEMS.
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