Deputados focam debates sobre conflito fundiário indígena

01/12/2011 - 12:53 Por: Paulo Fernandes   

Os deputados estaduais Marcio Monteiro (PSDB), Mara Caseiro (PTdoB) e Zé Teixeira (DEM) falaram na tribuna nesta quinta-feira (1/12) sobre o conflito fundiário indígena em Mato Grosso do Sul.

Eles ocuparam a tribuna após pronunciamento do presidente do Sindicato Rural de Iguatemi, Márcio Margatto, que negou ter ameaçado indígenas e autoridades no último domingo e disse que máquinas fotográficas dos produtores rurais foram tomadas pela Força Nacional e tiveram as fotos apagadas.

Marcio Monteiro considerou inconcebível a atitude da Força Nacional e defendeu uma solução pacífica para o impasse entre fazendeiros e indígenas. “Não podemos mais viver nessa situação extremamente nervosa”, afirmou.

“Mato Grosso do Sul é um Estado pacífico, de homens e mulheres de bem. Todos sabemos que a solução é a aquisição das terras indígenas para a segurança jurídica de produtores e índios”, informou.

A deputada Mara Caseiro defendeu uma maior integração entre índios e não índios e o fim do que chamou de “assistencialismo e protecionismo” aos indígenas. “Eles querem ter os mesmos direitos do cidadão comum”, disse.

“Tem que parar de colocar o indígena em situação de incapaz. Hoje, a sociedade tem que começar a ver o indígena de forma diferenciada. Não podemos esquecer a sua cultura, mas temos que dar condições dos índios produzirem”, prosseguiu.

Conhecido pela defesa dos produtores rurais, o deputado Zé Teixeira questionou a presença do Cimi (Conselho Indigenista Missionário) na visita do secretário nacional de Articulação Social da Secretaria-Geral da Presidência da República, Paulo Maldos.

Para Zé Teixeira, o Cimi “manipula” dados e incentiva invasões. “O Cimi está atrapalhando a concórdia”, afirmou.
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