Marquinhos alerta para possível “tarifaço” da energia elétrica

Imagem: Segundo Marquinhos Trad, Assembleia precisa se antecipar ao anúncio do reajuste, antes que seja tarde demais.
Segundo Marquinhos Trad, Assembleia precisa se antecipar ao anúncio do reajuste, antes que seja tarde demais.
01/03/2012 - 11:51 Por: Paulo Fernandes    Foto: Giuliano Lopes

O deputado estadual Marquinhos Trad (PMDB), que foi relator da CPI da Enersul, voltou a alertar, nesta quinta-feira (1/3), para a possibilidade de um “tarifaço” na energia elétrica. O novo valor será fixado até 8 de abril.

A preocupação dele é de que o Grupo Rede, conglomerado do qual faz parte a concessionária Enersul (Empresa de Energia Elétrica de Mato Grosso do Sul), onere a tarifa no Estado para poder pagar dívidas.

Segundo Marquinhos, somente a paraense Celpa, que também faz parte do Grupo Rede, acumula déficit de quase R$ 120 milhões. A Celpa entrou com pedido de recuperação judicial. “É um termo mais suave para falência”, explicou Marquinhos. “A cautela que estamos tendo é para que essa dívida não seja jogada nas nossas costas”, acrescentou.

Além disso, de acordo com a agência de notícias Reuters Brasil, 54% de todo o Grupo Rede Energia está à venda pelo acionista majoritário Jorge Queiroz Jr, mas o Grupo AES e a chinesa State Grid já desistiram do ativo.

Marquinhos afirmou ainda que a concessionária Enersul apresenta dados falsos à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) sobre atendimento e qualidade do serviço. Esses números são usados para justificar um reajuste maior no valor da tarifa. “As informações que chegam à Aneel são sempre unilaterais, sempre entre a agência nacional e a Enersul”, afirmou.

Para ele, a Assembleia Legislativa precisa se antecipar ao anúncio do reajuste, antes que seja tarde demais. Ele pediu a união dos deputados e lembrou da atuação vitoriosa da Casa de Leis por meio da CPI da Enersul, que conseguiu corrigir um erro no cálculo da tarifa cobrada aos consumidores. “Nós, mesmo sendo leigos, conseguimos mostrar para técnicos que eles erraram em R$ 200 milhões”, disse.
Permitida a reprodução do texto, desde que contenha a assinatura Agência ALEMS.
Crédito obrigatório para as fotografias, no formato Nome do fotógrafo/ALEMS.