Lei do Piso Salarial é cumprida por 13 prefeituras no Estado

Imagem: Presidente da Fetems e deputado Lauro Davi falam Lei do Piso em sessão.
Presidente da Fetems e deputado Lauro Davi falam Lei do Piso em sessão.
14/03/2012 - 12:17 Por: Paulo Fernandes    Foto: Giuliano Lopes

Nesta quarta-feira (14/3), dia em que teve início a paralisação nacional dos professores, o presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), Roberto Magno Botareli Cesar, defendeu o cumprimento da Lei do Piso. Além do dirigente sindical, que falou por proposição do deputado Pedro Kemp (PT), o parlamentar Lauro Davi (PSB) também discutiu sobre o tema e confirmou sua participação a mobilização.

Os professores iniciaram uma greve de três dias para pedir a aplicação da Lei do Piso Salarial Nacional, incluindo a destinação de 1/3 de hora-atividade para planejamento das aulas, Plano de Cargos e Carreira e a destinação de 10% do PIB (Produto Interno Bruto, a soma de todas as riquezas produzidas no país) para ações na área de Educação. A adesão à paralisação em Mato Grosso do Sul é de 85% dos professores das redes de ensino público. Roberto afirma que os alunos não serão prejudicados, porque as aulas serão repostas.

De acordo com o presidente da Fetems, 13 prefeituras em Mato Grosso do Sul cumprem a Lei do Piso na integralidade: Paranaíba, Naviraí, Água Clara, Sidrolândia, Antônio João, Coronel Sapucaia, Camapuã, Inocência, Aquidauana, Brasilândia, Três Lagoas, São Gabriel do Oeste e Miranda. Sete Quedas também já preparou um projeto para se adequar à legislação. Essas 14 prefeituras (incluindo Sete Quedas) serão homenageadas pela federação, explicou o Roberto.

Sobre o cumprimento de 1/3 da jornada semanal dos professores para planejamento das aulas, ele contesta o número apresentado pelo governo do Estado sobre a necessidade de contratar 4.000 docentes. Para ele, seria necessário um acréscimo inferior a 1.500 profissionais. “O professor hoje já tem 25% da jornada para planejamento”, disse.

Com 30 anos de experiência como professor, o deputado Lauro Davi disse ser essencial para a qualidade da educação a destinação de 1/3 da jornada de trabalho dos professores para planejamento das aulas. “Às vezes, não temos tempo nem para ler os jornais e nos interar dos assuntos da atualidade. Se der salário e piso e não resolver o horário de planejamento, não adianta”, afirmou.
Permitida a reprodução do texto, desde que contenha a assinatura Agência ALEMS.
Crédito obrigatório para as fotografias, no formato Nome do fotógrafo/ALEMS.