Tetila defende resgate de comunidade expulsa pelo Exército
Expulsão da comunidade aconteceu após completar um século de história, de acordo com Tetila.
27/03/2012 - 11:56
Por: Paulo Fernandes
Foto: Giuliano Lopes
Ele irá conversar com a deputada Luiza Erundina (PSB-SP), autora da proposta de criação da subcomissão parlamentar sobre Memória, Verdade e Justiça, que terá por finalidade cobrar do Executivo a nomeação dos integrantes e a instalação da Comissão Nacional da Verdade, que investigará violações de direitos humanos relacionadas aos governos ditatoriais entre 1946 e 1988.
A expulsão da comunidade São Carlos aconteceu após completar um século de história, contou o deputado. “Eles foram expulsos. Perderam tudo o que tinham: casas, animais, tudo”, disse. A colonização foi em 1880. Em 1930, um decreto do governo do Estado cedeu os 1.000 hectares para aquela população. Quarenta e cinco anos depois, o Exército começou a tomar parte da área. Em 1980, todo o território foi tomado pelos militares.
Na comunidade próxima à fronteira, as famílias viviam do cultivo da erva-mate. “De maneira pacífica, a comunidade viveu por muitos anos, construiu casa, escola e muitas outras coisas”, afirmou. Segundo Tetila, não havia motivos para o Exército ocupar a área. Todos os fatos, explica, são comprovados por laudo pericial.
O vice-líder do PT espera que a futura Comissão da Verdade possa reparar o erro devolvendo parte das terras para a comunidade ou arrumando outra área para as famílias. Tetila explicou que as famílias expulsas hoje moram no município de Caracol.
Permitida a reprodução do texto, desde que contenha a assinatura Agência ALEMS.
Crédito obrigatório para as fotografias, no formato Nome do fotógrafo/ALEMS.
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