Mortes de indígenas conotam situação de extermínio em MS
Flávia diz que olhar estigmatizado e preconceituoso explica atos de extermínio e prejudica ações.
19/04/2012 - 17:33
Por: Talitha Moya
Foto: Roberto Higa
De acordo com Flávia, o olhar estigmatizado e preconceituoso explica os atos de extermínio e prejudica ações de acolhimento da população indígena, principalmente, de crianças e adolescentes indígenas. “Elas são encaradas como o resto e não como parte da população do país”, afirmou.
A ausência de políticas públicas e investimentos, afirma a conselheira, coloca os povos indígenas em uma condição de vulnerabilidade ao etnocídio. “Deixar morrer é uma omissão, o que também é uma forma de matar e nossas políticas públicas. Da maneira como é aplicada tem deixado os índios morrerem”, declarou.
Para a psicóloga, a questão da demarcação das terras ainda é o principal desafio para mudar o cenário sangrento que envolve a luta pelos direitos indígenas. “A sociedade tem que fazer seu papel que é cobrar o Estado e lutar pelas políticas públicas desses grupos”, comentou.
Flávia ainda ressaltou que, pelo Brasil, grupos de direitos humanos, estudiosos e pesquisadores já têm se organizado para mudar a realidade dos índios.
Permitida a reprodução do texto, desde que contenha a assinatura Agência ALEMS.
Crédito obrigatório para as fotografias, no formato Nome do fotógrafo/ALEMS.
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