Projeto cria comitê para fiscalizar cobrança por iluminação pública

Imagem: Pela proposta do deputado, municípios que cobram Cosip devem adotar comitê para acompanhamento da cobrança.
Pela proposta do deputado, municípios que cobram Cosip devem adotar comitê para acompanhamento da cobrança.
20/06/2012 - 12:04 Por: Paulo Fernandes    Foto: Giuliano Lopes

Projeto de lei apresentado nesta quarta-feira (20/6) cria o Sedip (Sistema Estadual de Diretrizes Relacionadas ao Urbanismo no Aspecto da Iluminação Pública), com o objetivo de fiscalizar a cobrança de iluminação pública.

Pela proposta do vice-presidente da Comissão de Defesa dos Direitos do Consumidor, deputado Marquinhos Trad (PMDB), os municípios que cobram a Cosip (Contribuição para o Custeio da Iluminação Pública) devem adotar um comitê para acompanhamento da cobrança.

Os comitês terão participação de entidades de classe, sociedade civil organizada, munícipes, poder público, concessionária elétrica e órgãos que promovam a defesa do consumidor.

Marquinhos explicou que a preocupação é com o alto custo da contribuição nas contas de energia elétrica e a falta de transparência envolvendo a cobrança. “A Cosip sempre me chamou atenção, desde a época da CPI da Enersul. Ela tem impactado as contas em até 15%”, afirmou o deputado, que foi relator da Comissão Parlamentar de Inquérito.

O parlamentar do PMDB quer saber quanto está sendo arrecadado por meio da Cosip e qual é o gasto real com a iluminação pública nos diversos municípios de Mato Grosso do Sul. Hoje, os consumos dos postes de iluminação e semáforos são determinados por meio de estimativas.

Existe a suspeita, segundo Marquinhos, de que a Cosip estaria sendo cobrada a mais em vários municípios. Ele explica receber diariamente reclamações de falta de iluminação pública em frente a casas. “Recebo por dia de dois a três pedidos para serem colocadas lâmpadas em frente a casas. Temos que saber se os pontos de luz estão funcionando”, disse. “A Cosip deve existir para manter a iluminação, mas não pode deixar de ser fiscalizada”, acrescentou.
Permitida a reprodução do texto, desde que contenha a assinatura Agência ALEMS.
Crédito obrigatório para as fotografias, no formato Nome do fotógrafo/ALEMS.