Laerte Tetila lamenta desaparecimento de índio Guarani Kaiowá

Imagem: Tetila considera o desaparecimento mais um ato de violência contra os indígenas.
Tetila considera o desaparecimento mais um ato de violência contra os indígenas.
14/08/2012 - 11:52 Por: Heloíse Gimenes    Foto: Giuliano Lopes

A morosidade na demarcação de terras fez mais uma vítima em Mato Grosso do Sul. O Cimi (Conselho Indigenista Missionário) denunciou o desaparecimento do Guarani Kaiowá João Oliveira após ataques de pistoleiros ao acampamento indígena em Paranhos, região sul do Estado. Na sessão desta terça-feira (14/8), o deputado estadual Laerte Tetila (PT) voltou a cobrar agilidade no processo de identificação, reconhecimento e homologação das terras.

O território em que João Oliveira desapareceu é motivo de conflitos fundiários e judiciais. Recentemente, o STF (Supremo Tribunal Federal) suspendeu a homologação da terra indígena. De acordo com o Cimi, o processo ainda não foi votado por todos os ministros. “O desaparecimento afetou duramente a comunidade Guarani Kaiowá. É mais um ato de violência contra os indígenas”, afirmou Tetila.

Pedro Kemp, líder do PT, também lamentou o fato e informou que esteve com a presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio), Marta Maria do Amaral Azevedo, discutindo sobre os estudos de natureza etno-histórica, antropológica e ambiental. “Até o final deste ano, o grupo de trabalho da Funai deve concluir parte dos relatórios. O restante será finalizado até o primeiro semestre do ano que vem”, anunciou.

Na ocasião, Kemp expôs a preocupação do processo acontecer de forma unilateral. “Se o processo final de publicação e demarcação acontecer sem envolver todos os lados, Mato Grosso do Sul corre o risco de virar palco de uma guerra civil. A presidente da Funai garantiu que haverá negociação com todos os lados em busca de uma saída pacífica”, ressaltou.
Permitida a reprodução do texto, desde que contenha a assinatura Agência ALEMS.
Crédito obrigatório para as fotografias, no formato Nome do fotógrafo/ALEMS.