Embate jurídico prejudica Hospital da Vida, diz secretária

Imagem: Secretária Beatriz Dobashi esclareceu aos deputados atual situação do Hospital da Vida em Dourados.
Secretária Beatriz Dobashi esclareceu aos deputados atual situação do Hospital da Vida em Dourados.
21/08/2012 - 17:01 Por: Talitha Moya    Foto: Roberto Higa

Parlamentares que integram a Comissão de Saúde e Seguridade Social da Casa de Leis se reuniram na tarde desta terça-feira (21/8) com a secretária de Saúde do Estado, Beatriz Dobashi. Eles discutiram os problemas enfrentados pelo Hospital da Vida, em Dourados, como a superlotação. A unidade, segundo Dobashi, depende de uma decisão judicial para receber recursos.

De acordo com a secretária, o Hospital da Vida vive um embate desde 2008 por conta da titularidade do terreno que ainda não foi transferida ao município. A secretária explica que a demora no processo de desapropriação do terreno tem prejudicado a liberação de recursos para as obras de reforma e ampliação da unidade.

Atualmente, conforme informações do Conselho de Saúde do município, o Hospital da Vida enfrenta problemas crônicos diariamente para atender a demanda, já que sofre com a superlotação em todos os setores e com a ocupação de 100% dos leitos. A situação, ressalta Dobashi, se agravou depois que funcionários do Hospital Universitário aderiram à greve. “O Hospital da Vida é referência em trauma, mais especificamente nas áreas de ortopedia e neuro, porém passou a atender todo tipo de demanda em razão da falta de atendimento em outras unidades básicas de saúde”, afirmou.

Segundo a secretária, o governador André Puccinelli (PMDB) aguarda uma resposta judicial sobre a titularidade do terreno para liberar os recursos ao município. “Temos um plano diretor e de investimento, só dependemos dessa decisão”, acrescentou.

Na opinião da deputada Mara Caseiro (PtdoB), vice-presidente da comissão, as explicações repassadas pela secretária ajudaram a esclarecer o caso, já que muitas informações em torno da situação estavam distorcidas. “Não há dúvidas de que há recursos. O que temos agora é que tomar uma posição urgente para resolver esse problema da titularidade porque é muito desumano o que está ocorrendo no Hospital da Vida”, lamentou.

Participaram da reunião os deputados Dione Hashioka (PMDB), Lauro Davi (PSB) e Junior Mochi (PMDB). Para eles, a secretária explicou como tem funcionado os novos programas federais de saúde que vem sendo implantados no Estado como o Rede Cegonha, que beneficiará gestantes para prevenção da mortalidade materna.

Porém, a expectativa maior, afirma Beatriz, está voltada para a implantação do programa Rede de Urgência e Emergência, que deverá receber investimentos para o custeio de melhorias nas Unidades de Atenção Básica, Samus (Serviços de Atendimento Móveis de Urgência), Unidades de Pronto Atendimento e Hospitais.

A estimativa é que só na Santa Casa de Campo Grande sejam investidos mensalmente em torno de R$ 3 milhões para reforma e readequação do pronto socorro e UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

A secretária e os parlamentares pretendem sensibilizar o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante sua visita à Capital, prevista para o próximo dia 30, para agilizar o repasse dos recursos para iniciar o programa no Estado.
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