Laerte Tetila propõe ações continuadas contra violência à mulher

Imagem: Intenção de Tetila é coibir a violência praticada contra a mulher.
Intenção de Tetila é coibir a violência praticada contra a mulher.
28/08/2012 - 15:07 Por: Talitha Moya    Foto: Giuliano Lopes

Números do Mapa da Violência indicam que, nos últimos 30 anos foram assassinadas 91 mil mulheres, sendo 43 mil só na última década. O triste cenário levou o deputado Laerte Tetila (PT) a apresentar nesta terça-feira (28/8) uma proposta de desenvolvimento de campanha continuada de conscientização e combate à violência contra a mulher.

O parlamentar propõe campanhas, preferencialmente, no mês de agosto, quando se comemora a criação da Lei Maria da Penha. Por meio de rádio e televisão e/ou panfletos afixados em órgãos públicos estaduais, devem ser divulgados, entre outras informações, os principais fatores que colaboram para os crimes de violência praticados contra a mulher, as formas de minimizá-los e evitá-los.

A campanha destaca ainda a importância de denunciar os crimes com a divulgação dos canais específicos para este fim, além de informar sobre as punições previstas na legislação para os agressores.

De acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas), 25% das brasileiras são vítimas constantes da violência no próprio lar. Em apenas 2% dos casos, o agressor é punido e, em cerca de 70%, esse agressor é o marido ou companheiro. Em segundo lugar, como autores da agressão, aparecem o ex-marido, o ex-companheiro ou o ex-namorado. As principais formas de violência sofridas pela mulher são espancamentos e ameaças com armas.

Em Mato Grosso do Sul, a taxa de homicídios de mulheres é de seis para cada 100 mil mulheres, acima da média nacional que é 4/100. O município de Ponta Porã é listado como o 10º mais violento do País em assassinatos de mulheres.

“A proposta é uma das alternativas que apresentamos para engajar o Poder Público Estadual no movimento de toda a sociedade para que a violência deixe de ser realidade presente e cruel no cotidiano das mulheres brasileira e sul-mato-grossense”, ressaltou Tetila.
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