Serviço de psicologia poderá ser oferecido nas escolas de MS

Preservar a saúde emocional dos professores e educadores diante da violência nas escolas, além de contribuir para promover uma convivência harmoniosa dos estudantes com os professores e demais profissionais de educação, garantindo-lhes maior inserção social, é o objetivo de um projeto de lei apresentado na sessão desta terça-feira (28/8), pelos deputados Laerte Tetila e Pedro Kemp, ambos do PT.

O projeto dispõe sobre o acompanhamento psicológico para professores e alunos vitimados por atos de violência nas escolas da rede pública estadual. De acordo com os parlamentares, as despesas decorrentes da execução da lei correrão à conta de dotações orçamentárias próprias.

Kemp e Tetila informam que nas escolas públicas estaduais de Mato Grosso do Sul, o número de casos de violência física contra professores e alunos registrados ultimamente, tem chamado a atenção de especialistas e sociedade sobre o assunto, tanto pela quantidade como pela maneira que essas ações são praticadas. Os deputados explicam que as agressões verbais, que também se configuram como práticas violentas, são as mais constantes e recorrentes.

“No meio escolar tem sido crescente o número de casos de violência contra professores, que são covardemente agredidos por seus próprios alunos”, frisa Tetila. Já o deputado Pedro Kemp assegura que, por outro lado, crianças e adolescentes também são vítimas do descontrole emocional dos colegas, jovens da mesma faixa etária.

Dos atos de violência praticados no ambiente escolar, apenas os mais graves chegam ao conhecimento de todos, segundo os parlamentares. É o caso de um professor que foi esfaqueado por um aluno na Escola Estadual José Barbosa Rodrigues, no Jardim Universitário, em Campo Grande, no dia 12 de abril deste ano, e do diretor da Escola Estadual Luiz Carlos Sampaio, localizada no distrito Nova Casa Verde, município de Nova Andradina, assassinado com três tiros por um aluno, no último dia 28 de junho, quando embarcava num ônibus próximo a escola em que trabalhava.

Na opinião de Tetila e Kemp, os professores da rede pública, vítimas de agressões, necessitam de atendimento psicológico para garantir sua recuperação emocional e o necessário preparo para retornar à sala de aula. Por sua vez, o acompanhamento especializado destinado aos alunos e realizado por profissionais qualificados, pode contribuir de forma eficaz para evitar o crescimento do número de casos de agressões no ambiente escolar.