Justiça Terapêutica: prisão é substituída por tratamento
Presidente da Casa de Leis, o deputado Jerson Domingos abriu o evento, que segue até quarta-feira.
29/10/2012 - 21:11
Por: Paulo Fernandes
Foto: Wagner Guimarães
“Entendemos que o Poder Legislativo está cumprindo a sua parte discutindo a Justiça Terapêutica e permitindo o diálogo entre a ciência e a saúde”, afirmou Jerson Domingos.
Segundo Odilon de Oliveira, o Poder Judiciário tem grande esperança na Justiça Terapêutica para recuperar os dependentes químicos e evitar novos crimes. Em todo o Brasil, existem 110 mil presos por drogas. A maioria deles cometeu pequenos delitos em razão da dependência, informou o magistrado.
“Na prisão, a chance de reabilitação é zero. Não se recupera o dependente químico com violência. A sociedade não ganha com as pessoas no xadrez, elas têm que ir para tratamento hospitalar ou para uma clínica de reabilitação”, disse Odilon.
Vice-presidente da Associação Brasileira de Justiça Terapêutica e coordenador de Justiça Terapêutica do Ministério Público do Rio de Janeiro, o promotor Marcos Kac contou que o programa tem obtido bons resultados em todo o País. “A reincidência nos crimes é superior a 90% sem o tratamento, mas cai para 12% a 15% com a Justiça Terapêutica”, afirmou.
Marcos Kac foi um dos palestrantes no 1º dia de evento. O psiquiatra forense Hewdy Lobo, da Associação Brasileira de Psiquiatria, também. “É possível recuperar quase todos os dependentes químicos”, ressaltou Lobo.
Ele é perito do Conselho Regional do Estado de São Paulo, secretário do Comitê Multiciplinar de Psiquiatria Forense da Associação Paulista de Medicina e diretor médico da Vida Mental Serviços de Psiquiatria Forense.
O 1º Seminário de Justiça Terapêutica prossegue nesta terça e quarta-feira.
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Crédito obrigatório para as fotografias, no formato Nome do fotógrafo/ALEMS.
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