Para deputado Kemp, 8 de março é dia de luta e resistência

Imagem: Conforme Kemp, movimentos de mulheres querem mais do que homenagem, querem igualdade.
Conforme Kemp, movimentos de mulheres querem mais do que homenagem, querem igualdade.
06/03/2013 - 13:26 Por: Paulo Fernandes    Foto: Giuliano Lopes

O 2º secretário da Assembleia Legislativa, deputado Pedro Kemp (PT), afirmou nesta quarta-feira (6/3) que o Dia Internacional da Mulher (8 de março) não deve ser apenas uma data comemorativa, mas de luta e resistência porque ainda não foi conquistada plenamente a igualdade de direitos entre homens e mulheres.

“Os movimentos de mulheres querem mais do que homenagem, querem igualdade”, disse.

Kemp lembrou do caso de uma mulher agredida que não foi atendida pela polícia porque a DEAM (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) acreditou que se tratava de um trote.

Violentada pelo próprio marido no dia 3 de fevereiro deste ano, a mulher tentou telefonar para a DEAM, mas ninguém estava atendendo. A delegacia não funciona no fim de semana, quando acontece a maior parte dos casos de agressões contra as mulheres.

Em seguida, a vítima ligou para o telefone 190 e também não teve sucesso. Depois de várias tentativas, parentes dela em Anastácio conseguiram entrar em contato, mas nenhum policial compareceu à residência. A DEAM recebeu a denúncia, mas imaginou se tratar de um trote.

Kemp também lembrou dos dados de violência contra a mulher no Estado. Mato Grosso do Sul é o 5º em número de assassinatos de mulheres no País e Ponta Porã é a cidade mais violenta do Estado, na 10ª colocação entre as 100 cidades mais violentas do Brasil. A taxa de homicídios é de 17,8 assassinatos para grupo de 100 mil mulheres.

Por conta desses números, a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que investiga a violência doméstica no Brasil esteve no fim do ano passado em Mato Grosso do Sul.

O deputado afirmou ainda que, nos últimos 30 anos, 92 mil mulheres foram assassinadas no Brasil. O País é o 7º no ranking de homicídios.
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