Tetila propõe marco a cidades envolvidas na Guerra do Paraguai

Imagem: Incentivo à cultura da paz entre os povos também permeia o projeto de autoria do deputado Tetila.
Incentivo à cultura da paz entre os povos também permeia o projeto de autoria do deputado Tetila.
02/04/2013 - 15:44 Por: Marcelo Pereira    Foto: Giuliano Lopes

O deputado estadual Laerte Tetila (PT), presidente da Comissão de Trabalho, Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa apresentou hoje (2/4) um Projeto de Lei que cria o marco ‘Cidades Sentinelas da Paz’ para os municípios de Mato Grosso do Sul em que ocorreram ações militares durante a Guerra do Paraguai.

O objetivo do parlamentar é resgatar e preservar a história de Mato Grosso do Sul e incentivar a cultura da paz entre os povos. “Nosso Estado tem pouco mais de 30 anos, mas possui uma herança histórica importante. A instalação do marco Sentinela da Paz serviria para relembrar que a guerra nunca é boa, trazendo caos para a humanidade, e que a paz é imprescindível”, destaca o deputado Tetila. No marco ‘Cidades Sentinelas da Paz’ deve ser gravada a inscrição “Por maiores que sejam os motivos para a guerra, a Paz é a solução”.

Conforme a proposta do deputado, a FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul) será responsável pela identificação das cidades, onde tenham ocorrido ocupações por tropas brasileiras ou paraguaias, batalhas ou que tenham sido palco de batalhas ou outros acontecimentos relativos ao conflito ocorrido entre 1864 e 1870. O local para instalação do marco Sentinela da Paz será definido consensualmente com as prefeituras.

História - Entre dezembro de 1864 até 1º de março de 1870, o Mato Grosso do Sul foi palco secundário de operações militares da Guerra do Paraguai. A guerra começou na Colônia Militar dos Dourados, próximo ao atual município de Antônio João e terminou em Pedro Juan Caballero, cinco anos depois, em Cerro Corá, a menos de 30 km de Ponta Porã.

Além disso, tropas paraguaias percorreram levando destruição às vilas de Miranda, Nioaque, Corumbá, Bela Vista e se aproximaram da Serra de Maracaju, para onde fugiram os moradores das localidades invadidas e onde conviveram pacificamente com índios que habitavam aquelas redondezas e que lhes ajudavam a obter comida.

Foi pelo Mato Grosso do Sul também, passando por Coxim e Aquidauana e pelo atual município de Jardim, que uma coluna brasileira de mais de três mil soldados conseguiu chegar até a localidade paraguaia de Laguna e teve que retornar logo em seguida, hostilizada pelo inimigo e pelas condições do ambiente, episódio conhecido como retirada da Laguna. Dos três mil homens restaram pouco mais de 680.

Já em Ponta Porã, nas margens de um córrego no distrito de Sanga Puitã, Solano López acampou e assassinou 25 de seus seguidores acusados de traição, local que até hoje se chama "Cabeceira 25", em lembrança das 25 mortes. Ponta Porã também serviu de acampamento para um corpo de Exército Brasileiro nos últimos dias de guerra.
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