Casamento homoafetivo gera debate na Assembleia Legislativa

Imagem: Deputados Lidio Lopes e Amarildo Cruz ocuparam a tribuna para falar sobre o assunto.
Deputados Lidio Lopes e Amarildo Cruz ocuparam a tribuna para falar sobre o assunto.
04/04/2013 - 12:59 Por: Paulo Fernandes    Foto: Giuliano Lopes

A decisão da Corregedoria-Geral de Justiça que permite a formalização do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo em Mato Grosso do Sul gerou debate na Assembleia Legislativa. Com a decisão, os homossexuais podem registrar a união nos cartórios de registro civil e obter todos os direitos de uma pessoa casada.

O deputado Lídio Lopes (PP) está preocupado com a decisão. Para ele, o casamento homoafetivo infringe a Constituição e fere os princípios cristãos e familiares. “Daqui a pouco os valores estarão todos invertidos. Vai ser vergonhoso ser heterossexual”, disse.

Um projeto de lei que tramita no Congresso Nacional inclui a união estável entre homossexuais e sua conversão em casamento no Código Civil.

Em aparte, o deputado Pedro Kemp (PT) ponderou que a união civil não obriga o casamento religioso e que é preciso tomar cuidado para não incitar a violência. “Podemos não concordar, mas não temos direito de causar violência”.

Marquinhos Trad (PMDB), também em aparte, afirmou que “a imprensa está dando contornos coloridos” à questão e que “os pecados de Sodoma e Gomorra” estão ficando pequenos diante dos que estão sendo cometidos hoje.

Amarildo Cruz também ocupou a tribuna para falar sobre o assunto. “A Constituição nos garante a igualdade. Todos somos iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”, disse.

Ele afirmou ainda ser preciso combater falsos moralismos. “Discriminação e preconceito não podem ser tolerados”, afirmou.
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