É preciso investir no combate às drogas, defende Rinaldo

Imagem: Segundo Professor Rinaldo, 1/3 das drogas consumidas no Brasil entram pelo Mato Grosso do Sul.
Segundo Professor Rinaldo, 1/3 das drogas consumidas no Brasil entram pelo Mato Grosso do Sul.
23/04/2013 - 12:30 Por: Nathália Barros    Foto: Giuliano Lopes

O uso da palavra no grande expediente pelo deputado estadual Professor Rinaldo (PSDB) foi motivado por um dado alarmante. Cento e cinquenta e oito pessoas foram assassinadas na Capital até o último domingo (21/4), cinco a mais do que no mesmo período do ano passado. Para ele, o aumento é resultado da falta de medidas de combate e prevenção às drogas.

Dados recentes revelam que um terço das drogas consumidas no Brasil entram pelo Mato Grosso do Sul. O Estado é o que conta com a maior fronteira seca do país, o que, na avaliação de Rinaldo, se torna um grande empecilho para combater o problema. “Nós sabemos que grande parte das ações criminosas estão relacionadas ao consumo de entorpecentes, precisamos buscar mais empenhos para reverter essa triste realidade que está acabando com as famílias sul-mato-grossenses”, defendeu.

Ele lembra que o Ministério da Justiça destinou a Mato Grosso do Sul cerca de R$ 20 milhões para serem aplicados em ações de enfrentamento à criminalidade. “O montante, que integra a Estratégia Nacional de Segurança Pública nas Fronteiras [Enafron] deve trazer ótimos resultados, mas precisamos entender que o problema das drogas vai além”, avala o parlamentar.

Para Rinaldo, é necessário investir, também, na prevenção e no tratamento. “Não podemos permitir que um dependente químico, que cometeu algum delito, receba o mesmo tratamento que um criminoso que não enfrenta o mesmo problema. Sabemos que as drogas são as grandes motivadoras das ações criminosas uma vez que o dependente precisa de dinheiro para manter o vício, portanto é necessário investir em centros de tratamento, caso contrário a reincidência é quase que certa”, argumentou, lembrando que este trabalho é desenvolvido, basicamente, por entidades sem fins lucrativos.

Outro ponto frisado pelo parlamentar é a necessidade de buscar empenhos para a promoção da prevenção, apontando a Terapia Ocupacional como grande aliada nesta batalha. “Temos muitas crianças e adolescentes entrando para o crime por não terem outras perspectivas. Precisamos buscar investimentos em atividades que envolvam esse público como música, dança, esporte. Não podemos dar oportunidade para que o crime atraia mais e mais jovens. Creio que, desta forma, conseguiremos garantir que no futuro tenhamos uma sociedade mais pacífica, saudável e sem drogas”, ressaltou.
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