Conflitos de terras foram anunciados pela Assembleia Legislativa
Felipe Orro, Mara Caseiro e Professor Rinaldo ocuparam a tribuna para falar sobre o problema no Estado.
04/06/2013 - 12:10
Por: Heloíse Gimenes
Foto: Giuliano Lopes
Ontem, a ministra-Chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, afirmou que a União quer acabar com os impasses nas demarcações de terras. O procedimento, que antes era de responsabilidade apenas da Funai (Fundação Nacional do Índio), a partir de agora terá a contribuição de outros órgãos, como o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e os ministérios do Desenvolvimento Social e da Justiça.
Na tribuna, os deputados Felipe Orro (PDT), Mara Caseiro (PTdoB), Professor Rinaldo (PSDB), Laerte Tetila (PT), Marcio Monteiro (PSDB) e Zé Teixeira (DEM) cobraram novamente da presidente Dilma Rousseff uma solução para pôr fim ao conflito. “Este problema se arrasta há pelo menos 15 anos. A indenização é a solução”, defendeu Orro.
Mara Caseiro criticou as autoridades federais em não ter escutado o clamor dos deputados estaduais. “Estou envergonhada de ser política, a voz desta Casa de Leis não foi ouvida. Não somos contra os índios, somos contra a ilegalidade. Queremos que o governo Federal restabeleça já a ordem e o progresso”.
Professor Rinaldo apoiou a postura da Assembleia Legislativa quanto à defesa da comunidade indígena e proprietários rurais. “É importante ressaltar que os deputados não são contra os índios. Recentemente, visitei uma fazenda em Aquidauana e fui expulso pelos indígenas. Na concepção deles, os deputados são a favor apenas dos proprietários rurais e isso é uma mentira. Estamos todos lutando para restabelecer a paz e Mato Grosso do Sul”, ressaltou.
Para Laerte Tetila, é preciso construir uma força tarefa. “Existem várias propostas, todas possíveis de execução, entre elas o fundo para aquisição de terras indígenas e as áreas confiscadas pela União. O que falta é uma ação do governo federal. Não há mais tempo para esperar, vamos colocar uma das soluções em prática. A criação de uma força-tarefa possibilitará apresentar cada uma das propostas ao governo”.
Marcio Monteiro também cobrou uma postura firme do Poder Executivo Estadual. “O Estado também tem sua responsabilidade. Ele precisa garantir a ordem nos municípios em que estão ocorrendo os conflitos por terras. O que está acontecendo é uma omissão da segurança pública nestas áreas”. Zé Teixeira pediu a intervenção da Justiça para que as leis sejam cumpridas e a ordem restabelecida.
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Crédito obrigatório para as fotografias, no formato Nome do fotógrafo/ALEMS.
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