Deputados estaduais são favoráveis à reforma política
Jerson Domingos e Pedro Kemp defendem a reforma política.
03/07/2013 - 12:06
Por: Paulo Fernandes e Heloíse Gimenes
Foto: Giuliano Lopes
Jerson e Kemp são favoráveis à reforma política. Para o presidente da Assembleia Legislativa, o Congresso Nacional precisa “deixar de ser omisso” e votar as mudanças necessárias. “Não entendo que a população esteja pedindo plebiscito. Ela está querendo medidas imediatas para solucionar o problema”, analisou Jerson.
Já Kemp defendeu o financiamento público de campanha, o fim da contratação de cabos eleitorais, a manutenção do voto proporcional (e não distrital) e o fim da suplência para senador.
O tema ganhou destaque após a presidente Dilma Rousseff sugerir ontem (2/7) um plebiscito sobre a reforma política abordando ao menos cinco temas: financiamento público ou privado de campanha, sistema eleitoral (voto proporcional ou distrital), continuidade ou não da suplência para senador, fim ou não do voto secreto em deliberações do Congresso e continuidade ou não de coligações partidárias proporcionais.
Para Pedro Kemp, muitas mazelas são provocadas, em parte, por causa do sistema político-eleitoral. Ele acredita que o financiamento público das campanhas irá diminuir a importância do poder econômico nas eleições.
“Um empreiteiro que apoia uma campanha vai querer receber depois através das licitações”, disse. “A corrupção começa no financiamento das campanhas eleitorais”.
Em relação à contratação de cabos eleitorais, Kemp diz que hoje isso pode ser determinante em uma eleição, em detrimento às propostas e ao trabalho dos candidatos. “Um candidato com 5.000 cabos eleitorais está eleito vereador”, exemplificou.
Já sobre a escolha de deputados e vereadores por meio do voto distrital, o parlamentar do PT avaliou que isso pode criar “currais eleitorais”. “O deputado vira um representante de determinada região. Isso enfraquece os movimentos sociais e dificulta a eleição de representantes de categorias como trabalhadores rurais e índios”, analisou.
Kemp também é a favor da eleição em dois turnos, sendo o primeiro voto para a sigla partidária e o segundo para o candidato. “É uma combinação de voto misto com fortalecimento dos partidos”, frisou.
Sobre a possibilidade de fazer um plebiscito para aprovar a reforma política, Kemp disse ser favorável desde que seja feito um amplo debate. Para ele, o mais importante é que as mudanças sejam feitas. “A reforma política tem que ser feita agora. Se não der para fazer plebiscito, que faça um referendo depois”, sugeriu.
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Crédito obrigatório para as fotografias, no formato Nome do fotógrafo/ALEMS.
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