Lidio Lopes questiona subsídios ao crime e consumo de drogas

Imagem: Para Lidio, não tem como falar de violência e aumento da criminalidade sem mencionar envolvimento de menores aliciados por criminosos.
Para Lidio, não tem como falar de violência e aumento da criminalidade sem mencionar envolvimento de menores aliciados por criminosos.
03/07/2013 - 13:10 Por: Vanusa Braga    Foto: Giuliano Lopes

O deputado estadual Lidio Lopes defendeu hoje (3/7), no plenário da Assembleia Legislativa, uma discussão imediata sobre a Lei de Execução Penal que, de acordo com o parlamentar, atualmente favorece a participação de jovens com menos de 18 anos em crimes em função da inimputabilidade.

“Não tem como falar de violência e aumento da criminalidade sem mencionar o envolvimento de menores aliciados pelos criminosos. Esses manipuladores se utilizam do poder do narcotráfico para induzir os jovens ao mundo das drogas. Viciados, os jovens estão mais vulneráveis e, para manter o consumo dos entorpecentes, acabam cometendo ações criminosas”, destacou Lidio Lopes.

Na oportunidade, o deputado também questionou o valor pago pelo governo federal com o auxílio reclusão. Atualmente, o benefício é de R$ 915,05 por preso. Repassado aos detentos, que contribuíam com a previdência social até a detenção, com intuito de custear as despesas das famílias dos internos, para Lidio, a vantagem acaba provocando a comodidade e permanência dos condenados no sistema carcerário.

Outra crítica feita por Lidio Lopes foi a outro subsídio concedido pelo governo federal, desta vez para financiar o combate ao crack. Conforme o parlamentar, o recurso de R$ 1.350,00 por pessoa que se dispõe, voluntariamente, ao tratamento clínico, deveria ser estendido aos demais usuários de drogas para que todos possam ser tratados e recuperados em clínicas com preparo multidisciplinar.

Lidio Lopes, que é advogado criminalista, mencionou o caso de um cliente. “Ele foi solto e ficou duas horas livre. Nesse período voltou a cometer um novo crime, furtando uma moto, porque, segundo ele, seria mais cômodo ficar no presídio, uma vez que, recluso, não teria gastos com a família e ainda seria custeado pelo Poder Público”, lembrou.
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