Projeto garante intérprete para indígenas em processos judiciais

Imagem: Tetila elaborou proposta, pois considera que muitos indígenas têm dificuldade de se comunicar em português.
Tetila elaborou proposta, pois considera que muitos indígenas têm dificuldade de se comunicar em português.
06/08/2013 - 11:55 Por: Paulo Fernandes    Foto: Giuliano Lopes

Um projeto de lei apresentado nesta terça-feira (6/8) assegura aos indígenas em Mato Grosso do Sul o direito de ter um intérprete de sua etnia em processos administrativos, judiciais e inquéritos judiciais, desde a instauração até a conclusão.

A proposta é do presidente da Comissão de Trabalho, Cidadania e Direitos Humanos, deputado Laerte Tetila (PT). Ele explica que a intenção é garantir o direito à ampla defesa, previsto na Constituição brasileira.

“Muitos indígenas têm dificuldade de se comunicar. Eles nascem e passam a vida toda falando guarani e não dominam a língua portuguesa”, afirmou Tetila.

Segundo o deputado, estudos científicos realizados pelo Centro de Trabalho Indigenista e pela UCDB (Universidade Católica Dom Bosco) revelam que os indígenas não têm sido assistidos por intérpretes nos interrogatórios efetivados nos autos de inquérito policial, nem mesmo nos processos judiciais.
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