Profissionais fazem mobilização contra projeto do ato médico

Imagem: Conforme Tavares, diversas categorias perderão a possibilidade de diagnosticar e fazer prescrições terapêuticas, exercícios e tratamentos.
Conforme Tavares, diversas categorias perderão a possibilidade de diagnosticar e fazer prescrições terapêuticas, exercícios e tratamentos.
08/08/2013 - 11:56 Por: Heloíse Gimenes    Foto: Giuliano Lopes

Fonoaudiólogos, educadores físicos, farmacêuticos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, nutricionistas, psicólogos, técnicos em radiologia, enfermeiros, biomédicos e cirurgiões dentistas são alguns dos profissionais que iniciaram nesta semana uma mobilização contra o projeto de lei 268/2002, conhecido como projeto do Ato Médico. Na sessão desta quinta-feira (8/8), eles estiveram na Assembleia Legislativa para convidar a sociedade a participar das manifestações por uma saúde melhor.

A matéria, que teve vários artigos vetados pela presidente Dilma Rousseff, está no Congresso Nacional. De acordo com o presidente do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Carlos Tavares, os vetos devem ser apreciados pelos parlamentares no próximo dia 20. “São 13 categorias a favor da manutenção destes vetos. Não se trata de uma briga corporativista, mas por respeito e cidadania. O projeto limita a atuação destes profissionais da saúde”, disse.

Segundo Tavares, diversas categorias perderão a possibilidade de diagnosticar e fazer prescrições terapêuticas, exercícios e tratamentos; os enfermeiros estarão proibidos de fazer exame de sangue sem autorização médica, a acupuntura será privativa de médicos e atestados e perícias poderão somente ser emitidos por médicos.

“Três milhões de profissionais da área da saúde passarão a atuar como meros executores de decisões de médicos. Além disso, caso os vetos sejam derrubados, ocasionará mais filas nos postos de saúde e hospitais e aumento dos gastos para o SUS [Sistema Único de Saúde]”, destacou o presidente do conselho.
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