Corrêa quer auxiliar alunos de MS na Bolshoi por meio do FIC

Imagem: Reunião no plenarinho contou com diretora da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil e também com a bailarina Cecília Bassetto, que é de MS.
Reunião no plenarinho contou com diretora da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil e também com a bailarina Cecília Bassetto, que é de MS.
25/09/2013 - 19:35 Por: Edilene Borges    Foto: Roberto Higa

O deputado estadual Paulo Corrêa (PR) promoveu reunião na tarde desta quarta-feira (25/9) no plenarinho Nelito Câmara, para discutir formas de incentivar crianças e jovens do Estado, selecionadas para estudar na Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, e afirmou que vai buscar o aumento dos recursos repassados ao FIC (Fundo de Incentivo à Cultura), com o objetivo de destinar parte do fundo para manter estudantes de MS selecionados pela instituição russa.

Durante a reunião, a estudante sul-mato-grossense Cecília Bassetto, de 10 anos, fez uma apelo emocionante às autoridades do Estado. “Eu sei que nosso Estado tem condições de abraçar um projeto maior pela arte e pela cultura, além de oferecer às nossas crianças mais essa oportunidade para que possam traçar novos caminhos e que, através da arte, da dança e da cultura, possam descobrir uma realidade melhor. Sou uma das muitas filhas do Estado de Mato Grosso do Sul”, disse a menina.

Disposto a proporcionar a mesma oportunidade obtida por Cecília a outras crianças de MS, Paulo Corrêa afirmou que nos próximos dias vai se reunir com o governador André Puccinelli (PMDB) para pedir auxilio financeiro. “Vamos solicitar ao governo do Estado aumento do Fundo de Incentivo à Cultura, que hoje está em 5%. Esse projeto do Bolshoi é de interesse de Mato Grosso do Sul. Em nome da cultura, em nome das crianças, vamos solicitar isso ao governador”, frisou.

O parlamentar, que é presidente da Comissão de Turismo, Indústria e Comércio da Assembleia, garantiu ainda que vai reunir os empresários para também solicitar ajuda financeira destinada aos alunos do Estado, já que as casas que abrigam os estudantes podem ser mantidas tanto pelos estados, quanto por ONGs e instituições privadas.

Além de discutir a possibilidade de incentivar o aumento do número de alunos sul-mato-grossenses na Escola do Bolshoi no Brasil, a representante da instituição, Bernadete Costa, também detalhou durante a reunião como é o funcionamento da escola, a estrutura, o processo seletivo, a inserção dos artistas no mercado de trabalho e as dificuldades enfrentadas pela falta de recursos.

Infraestrutura - Segundo ela, a escola, que é uma instituição privada sem fins lucrativos, foi implantada em 2000, com ajuda do prefeito local e conta com 12 salas com pianos, cantina, centro médico, biblioteca, laboratórios etc. Os estudantes permanecem na instituição por cerca de oito anos, onde praticam em média cinco horas de atividades diariamente. A grade de estudos conta com dança folclórica, dança contemporânea, danças populares brasileiras, além de aulas de canto, instrumentos, dramatização, línguas, maquiagem, entre outras.

Os cursos técnicos oferecidos são 100% gratuitos, uma vez que a missão da escola, considerada um projeto social, é formar artistas cidadãos e promover a arte, cultura e educação. “Nosso alunos são multiplicadores, disseminadores deste conhecimento e, depois de formados, poderão atuar em outros projetos sociais, nas comunidades de onde vieram”, esclareceu Bernadete.

Segundo Bernadete, o objetivo da visita a Mato Grosso do Sul é abrir as portas da Escola do Bolshoi para os alunos de MS. “Viemos esclarecer esta possibilidade de, assim como os outros estados, Mato Grosso do Sul ter uma casa social para abrigar os alunos. Este é o primeiro passo”, explicou.

O custo para um aluno se manter na escola do Bolshoi varia em torno de R$ 1,3 mil a R$ 2 mil reais, incluindo alimentação e gastos com roupas, aluguel e materiais de higiene.

Participaram da reunião a diretora do Ballet Auxiliadora e do Ballet Dom Bosco, Suzana Dalabane Leite, a diretora artística do Só Dança da Escola Auxiliadora, do Ballet Dom Bosco e da Escola Nova Geração, Glaucia da Silva, Juliana Aissa, representando o presidente da Fundação de Cultura de MS, Américo Calheiros, o prefeito de Antônio João, Celso Lozano, o pai e a madrinha de Cecília, Adalton Garcia e Iara Costa.
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