Protetor solar mais barato é saúde para a população

O índice de radiação solar é extremo em Mato Grosso do Sul, segundo padrão estabelecido pela OMS (Organização Mundial da Saúde), mas a população do Estado já conta com uma diminuição significativa nos preços de protetores, filtros solares e bronzeadores. A redução foi possível graças à lei 3.495/2008, do deputado Marcio Fernandes (PTdoB), regulamentada em agosto deste ano pelo governo estadual.

Fernandes contou que o projeto estava sendo planejado desde 2008. “Sabíamos que no Brasil o índice de câncer de pele vinha aumentando gradativamente e as pessoas diziam que não usavam protetor solar por causa do preço”, disse. A região Centro-Oeste é a que tem maior incidência de câncer de pele: são 124 casos para cada 100 mil homens e 109 casos/100 mil mulheres.

Mato Grosso do Sul é o primeiro Estado do País a fazer essa alteração na categoria dos protetores solares e similares para medicamento. “Achamos um caminho legal de reduzir o preço que é alterando a categoria do artigo, que antes era considerado supérfluo ou de luxo. Eles não são mais cosméticos, são medicamentos”.

Com essa mudança, a incidência da MVA (Margem de Valor Agregado) no preço passou de 60% para 33%. Isso representa para o consumidor final uma redução de 20% a 22%, dependendo do produto.

Membro da Sociedade Brasileira de Demartogia, Melina Quintella explicou que a maior incidência de câncer de pele acontece nas pessoas com mais de 40 anos. “Não adianta apenas conscientizar sobre a importância de usar o filtro solar. Ele tem que ser acessível. Sessenta por cento dos homens e 50% das mulheres não usam”, frisou.

A dermatologista explicou que o filtro solar deve ser usado por todos, a partir dos 6 anos de idade, e reaplicado a cada duas horas. Para falar sobre o assunto, Melina Quintella participou nesta quinta-feira (3/10) de uma entrevista coletiva, no plenarinho Nelito Câmara, na Assembleia Legislativa.

Diretor da Rede São Bento, Luiz Fernando Buainain, que também participou da coletiva, garante que a população vai perceber a redução de preço. A São Bento, inclusive, distribuirá um material informativo sobre o assunto.

“Essa foi uma lei importante do deputado Marcio Fernandes, beneficiando e estimulando o uso do protetor solar. Sabemos que é grande o índice de câncer de pele e a incidência dos raios solares é alta em Campo Grande”, avaliou Buainain.

Ele lembrou ainda que muitos profissionais são obrigados a usar o produto, como os carteiros, por exemplo. Para entregar as correspondências, eles ficam expostos ao sol por muito tempo. O protetor solar diminui em até 80% a incidência de raios solares na pele.