Documento propõe ações para reduzir violência nas escolas

Imagem: Audiência para o debate da violência nas escolas de MS aconteceu no plenário Júlio Maia.
Audiência para o debate da violência nas escolas de MS aconteceu no plenário Júlio Maia.
21/10/2013 - 10:42 Por: Paulo Fernandes    Foto: Giuliano Lopes

Audiência pública realizada na manhã desta segunda-feira (21/10), no plenário Júlio Maia, discutiu a violência nas escolas de Mato Grosso do Sul. O debate vai resultar em um documento para ser encaminhado às autoridades ligadas à Segurança Pública e à Educação.

Entre as sugestões apresentadas estão uma política de maior disciplina dentro das escolas, criação de conselhos comunitários de segurança da juventude e de um disque-denúncia, aumento do efetivo policial na chegada e saída dos alunos, criação de uma companhia de policiamentos nas escolas e o uso de agentes patrimoniais também para garantir a segurança dos estudantes.

“É muito difícil passar uma quinzena sem ter um caso de violência nas escolas. Está claro que precisamos fazer alguma coisa”, desabafou o presidente da Comissão de Segurança Pública e Defesa Social, deputado Cabo Almi (PT), proponente do evento.

O promotor da Justiça da Infância e da Juventude, Sérgio Harfouche, ressaltou a gravidade do problema e a necessidade de restaurar os valores morais. “Essa discussão passa pela ética, pela formação moral e de caráter”, disse.

Para ele, hoje existe uma interpretação equivocada do Estatuto da Criança e do Adolescente. “Só se fala em direitos para os adolescentes e não em obrigação. Eles não têm só direitos. Isso não é verdade”, afirmou. “A criançada está brincando de matar e de ter filhos”, alertou.

Doutor em Educação, o presidente da Câmara Municipal de São Gabriel do Oeste, vereador Marcos Antonio Paz da Silveira, falou sobre a importância da participação mais efetiva da comunidade escolar e da aproximação dos pais e responsáveis dentro da escola. “Precisamos discutir a finalidade da escola, o regimento delas e o processo pedagógico”, declarou.

Para o coordenador estadual da Polícia Comunitária, coronel Carlos Santana, é preciso trabalhar na prevenção com a participação de pais e alunos. “Precisamos trazer a comunidade escolar para o debate. Eu proponho a criação de conselhos comunitários de segurança da juventude, composto pelos alunos”, frisou.
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